A Visa (VISA34) apresentou nesta terça-feira (29) um aumento no lucro do terceiro trimestre fiscal, com a empresa de processamento de pagamentos sendo favorecida por volumes fortes de gastos com cartão, apesar da economia mais fraca de forma geral.Os consumidores seguiram pagando compras essenciais com o cartão, mesmo que tenham restringido os gastos não essenciais devido às incertezas econômicas — estimuladas por mudanças nas políticas comerciais e tensões geopolíticas promovidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.GIRO DO MERCADO: Copom decide os rumos da Selic e isso pode mexer com seus investimentos – acompanhe em edição especial do programa nesta quarta-feiraA bandeira Visa é usada por bilhões de pessoas em todo o mundo para compras do dia a dia, o que deixa a rede de cartões mais bem posicionada para resistir a recessões econômicas.O volume de pagamentos, um indicador dos gastos gerais de consumidores e empresas com a bandeira da Visa, aumentou 8% no trimestre encerrado em 30 de junho, enquanto a receita líquida subiu 14%, para US$10,17 bilhões.Analistas também observaram uma tendência entre os consumidores de antecipar gastos com produtos que eles esperam que fiquem mais caros após a entrada em vigor das tarifas.As medidas tarifárias dos EUA, no entanto, podem estar pesando sobre o crescimento dos pagamentos internacionais, com o volume dessas transações subindo 12% no terceiro trimestre, mais devagar do que o aumento de 14% registrado no ano passado.A companhia apurou lucro líquido de US$5,3 bilhões no terceiro trimestre fiscal, ou US$2,69 por ação, contra US$4,9 bilhões, ou US$2,40 por ação, no mesmo período do ano anterior.Suas ações tinham leve queda em negociações pós-mercado. Até o último fechamento, o papel subiu quase 11% no ano, superando as rivais Mastercard (MSCD34) e American Express.A American Express, que geralmente atende a clientes mais abastados, também superou as estimativas para o lucro trimestral neste mês. A Mastercard prevê divulgar seu balanço nesta semana.VEJA MAIS: O que esperar dos resultados do 2º trimestre de 2025? Acesse o guia gratuito dos balanços com análises exclusivas do BTG