Nos últimos anos, a difusão das redes sociais trouxe à tona uma série de questões referente à legalidade das postagens de conteúdo relacionado às leis de trânsito. Com a capacidade de compartilhar informações instantaneamente, muitos usuários se perguntam o que é permitido divulgar, especialmente quando se trata de operações policiais, como blitz, ou vídeos enquanto se está ao volante.A legislação de trânsito no Brasil é clara em relação ao uso do celular ao dirigir, uma vez que tal prática pode desviar a atenção do condutor e aumentar o risco de acidentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o uso de celular ao volante aumenta em 400% o risco de acidentes, enfatizando os perigos dessa prática. Contudo, as leis específicas sobre postar determinados conteúdos nas redes sociais ainda são temas de debate e ajustes legais. É importante entender as nuances dessas regulamentações para garantir a segurança e o cumprimento das normas.Qual é o impacto de postar blitz no trânsito?A prática de divulgar a localização de blitzes em tempo real pode comprometer operações policiais destinadas a garantir a segurança nas vias. As autoridades argumentam que, ao informar sobre estas operações, os condutores que estejam em desacordo com a lei são alertados, o que pode prejudicar o objetivo de coibir infrações como o consumo de álcool ao volante. Em alguns casos, isso é interpretado como obstrução à Justiça, resultando em consequências legais para quem compartilha essas informações.A preocupação com a segurança pública é o principal motivo pelo qual alertas sobre blitz nas redes sociais são condenados por autoridades de trânsito. Assim, embora muitos vejam a prática como uma forma de ajudar próximos, ela envolve riscos legais associados a possíveis acusações de obstrução de atividades policiais.Imagem de batida policial – Créditos: depositphotos.com / joasouzaDirigir e filmar: quais os riscos?Gravar vídeos enquanto dirige é uma prática corrente, mas que representa um perigo significativo. Ao manusear o celular ou a câmera, o motorista não apenas viola as normas de trânsito, como também aumenta significativamente as chances de acidentes. O Código de Trânsito Brasileiro sanciona rigorosamente essa prática, com penalidades que podem incluir multas severas e a suspensão da carteira de habilitação.Além dos riscos físicos, a divulgação desses vídeos pode ser utilizada como prova de infração pelas autoridades, acarretando consequências legais adicionais para os motoristas. Desta forma, o apelo por maior consciência sobre o uso responsável das redes sociais é essencial para promover a segurança no trânsito.Como as redes sociais devem ser usadas de forma responsável no trânsito?Para usar as redes sociais de forma responsável em relação ao trânsito, é crucial estar ciente das regulamentações vigentes e dos riscos associados. Evitar o uso do celular enquanto dirige deve ser uma prioridade para todos os motoristas. Em vez de postar sobre a localização de blitz ou fazer vídeos dirigindo, os usuários podem valorizar o compartilhamento de informações educativas sobre segurança no trânsito e a importância do cumprimento das leis.Com a crescente integração das redes sociais na vida cotidiana, fomentar um ambiente online seguro e responsável é vital. Campanhas de sensibilização podem desempenhar um papel crucial neste cenário, incentivando hábitos seguros e a consciência sobre os perigos da divulgação de conteúdos impróprios enquanto se está ao volante.A utilização do celular hoje em dia é tão comum que não conseguimos imaginar alguém que não tenha um aparelho. Mas sua utilização indiscriminada pode ser prejudicial tanto para o usuário, quanto para outras pessoas caso ele esteja no trânsito. O telefone tira a atenção do condutor ao volante aumentando as chances de sinistros. De acordo com números do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), referentes ao ano de 2021, cerca de 675 brasileiros se arriscaram todos os dias ao utilizar o aparelho enquanto dirigiam, o que significa que, a cada hora, 28 condutores negligenciaram a atenção ao volante, reforçando uma das principais causas de sinistros de trânsito no Brasil. No total, foram registradas em 2021, 246.438 infrações de trânsito por uso de celular no país.Imagem de policial em blitz – Créditos: depositphotos.com / joasouzaPor isso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em seu parágrafo único do artigo 252 afirma que o condutor que segurar ou manusear o telefone enquanto dirige está cometendo infração gravíssima, com multa de R$293,47 e a soma de sete pontos na carteira de habilitação.A medida visa restringir sua utilização e com isso diminuir os índices de sinistros de trânsito. Para não se envolver nem causar sinistros, o condutor deve adotar uma postura atenciosa e cautelosa que elimine a dispersão ao conduzir o seu veículo, ter sempre o foco na direção, na via e no seu entorno. No Brasil, usar o telefone celular ao dirigir implica em multa de R$293,47 e a soma de sete pontos na carteira. Não utilizar o celular ao circular pelas vias é uma atitude simples, mas decisiva na proteção à vida. E a regra vale também para os motociclistas, que devem seguir as mesmas leis de trânsito que os condutores de veículos automotores, ou seja, parar quando o semáforo estiver vermelho, obedecer às placas de “Pare”, observar as preferências, só ultrapassar pela esquerda e nunca utilizar o celular ao pilotar. Com o aumento do número de motociclistas profissionais (de aplicativos de entrega, por exemplo), o uso do celular ao guidão também vem aumentando e com isso os riscos de sinistros. Muitos motociclistas utilizam o celular para checar rotas, pedidos, mensagens e ligações. A solução para o problema do uso do celular ao guidão é simples: evitar, ou melhor, não utilizá-lo. Em princípio, a alternativa pode ser difícil, mas é uma questão apenas de conscientização do melhor para a vida. Algo que pode ser incorporado à rotina da mesma forma que o uso de cinto de segurança, parar na faixa de pedestres, entre outros. No trânsito, escolha a vida!O post Postar sobre a Blitz no Instagram dá multa? apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.