Uma organização à frente de seu tempo e que desafia estereótipos. Assim podemos definir o Grupo JCR – Helicebras, empresa referência em estaqueamento, fundações e engenharia que atua há 37 anos no país. A visão ousada de seu fundador, João Carolino, engenheiro e professor, foi fundamental para superar essas barreiras e conquistar características muito particulares. “Somos uma empresa familiar que deu certo, já que a entrada da minha filha na corporação me mostrou o poder feminino diante dos desafios e apontou um novo direcionamento do grupo”, revela.Larissa Torres, a executiva elogiada pelo pai, percebeu que podia utilizar sua experiência para agregar e expandir os negócios. “Implementei práticas de gestão com reforço em educação continuada e aprimoramento profissional que resultaram em novo impulso e renovação, tanto dos colaboradores quanto da marca entre seus clientes, que percebemos que desta forma, estamos sempre à frente das tendências do setor”, detalha.A atuação da jovem, que é formada em administração, com pós-graduação pela FGV e Insper, e MBA em engenharia pela USP, trouxe uma nova leitura para o cenário, sempre tão masculinizado. “Passei a perceber que a visão periférica feminina faz diferença e adotamos um plano de busca de talentos. Posso dizer que não só essa mescla melhorou o desempenho da JCR como também transmutou o dia a dia dos profissionais na construção civil”, complementa Carolino.Com a palavra, elas: as poderosas da construçãoCom o objetivo de descobrir um pouco mais como é trabalhar em um campo em que 85% dos colegas são homens, a reportagem da Jovem Pan esteve com duas colaboradoras da empresa e falou abertamente sobre como é o desafio de atuar na construção civil.Para Gabriela Nascimento, estudante de engenharia civil de 23 anos que atua no administrativo de obras, o foco é o melhor remédio contra o preconceito. “Nós mulheres precisamos reconhecer nosso valor. O segredo é correr atrás da realização dos sonhos sem ligar para opiniões alheias, que não farão a menor diferença. Quando nos posicionamos e temos foco, as opiniões ou críticas se tornam combustível e nos tornamos maiores do que já somos”.A estudante de engenharia civil e administradora de obras do Grupo JCR/Helicebras, Gabriela da Silva NascimentoCasada há 3 anos, ela afirma que preconceito mesmo nunca sofreu e que as provocações ficam apenas nas piadinhas que ouve entre um terreno e outro. Com bom humor, ela rebate os companheiros quando brinca que só a mulher dá conta de tanta coisa na vida. “Somos muito cobradas o tempo todo e é preciso exercitar o autoamor porque é um conceito errado que a sociedade ajuda a inflar: de que a mulher dá conta de tudo o tempo todo e isso não é verdade”, alerta.Larissa Moraes concorda em partes, com a colega. A técnica em segurança do trabalho revela aos 33 anos que por ser mãe solteira de uma menina de 14 anos aprendeu que não há obstáculo que não possa ser ultrapassado e que a vida e as dificuldades, ensinam. Ela é incisiva ao responder as perguntas que fizemos de forma objetiva e cirúrgica. “Por ser mãe sozinha e independente preciso fazer acontecer e me guio por isso. Então, para mim, tenho que dar conta de tudo, sim, isso é incontestável. O que posso falar sobre as qualidades como mulher na área de construção civil? Ninguém é insubstituível e o que me faz ser diferente é justamente, respeitar a diferença entre as pessoas e suas histórias”.Ela afirma que nunca passou por situações de preconceito na vida profissional e quando perguntamos o que diria a um homem se ele dissesse que ela está no lugar errado, Larissa responde: “Eu diria que esse tipo de opinião não me interessa”. Como Gabriela, ela demonstra estar focada em sua vida, formação, carreira e trajetória, ou seja, ambas demonstram que a objetividade no exercício da função é o “pulo do gato”.Para a executiva do Grupo JCR – Helicebras a presença feminina no quadro de colaboradores é incentivada com critérios justos de oportunidade e desenvolvimento, moldando um ambiente onde a competência define o espaço de cada pessoa. “Temos investido cada vez mais em educação como pilar da mudança real. E quando falamos em educação, não se trata apenas de treinamento técnico, mas de uma atuação contínua que reforça valores como igualdade, profissionalismo, sustentabilidade e meritocracia. Acreditamos que nossa responsabilidade é liderar pelo exemplo e formar profissionais, homens e mulheres, conscientes de que a construção civil do futuro se constrói com propósito e respeito”, finaliza o CEO e presidente João Carolino.João Carolino, presidente do Grupo JCR – Helicebras Leia também Obra atrasada ou expectativa mal gerida? O verdadeiro risco está na comunicação 8 campos de atuação na área da aeronáutica