As áreas técnicas do Ministério da Fazenda, Relações Exteriores e do Desenvolvimento encerraram os “trabalhos” para pensar em um plano de contingência para enfrentar os possíveis impactos da taxação das exportações de produtos do Brasil para os Estados Unidos (EUA) em 50%. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (23/7) pelo ministro Fernando Haddad, que aguarda a apresentação dos detalhes e, posteriormente, apresentará a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Leia também Economia Haddad diz que Bolsonaro perdeu R$ 40 bi em impostos com Bets Negócios Dólar recua e Bolsa sobe com falas de Haddad sobre o tarifaço de Trump Negócios Haddad rebate EUA: “Pix não tem nada a ver com comércio internacional” Negócios Haddad sobre tarifaço: “Estamos nos preparando para vários cenários” 7 imagensFechar modal.1 de 7Haddad, ministro da FazendaSamuel Reis/Metrópoles2 de 7Haddad aguarda "tranquilamente" a inflação dentro da meta em 2026Samuel Reis/Metrópoles3 de 7O ministro da Fazenda, Fernando HaddadSamuel Reis/Metrópoles4 de 7Haddad: "Eu gostaria de concluir minha agenda à frente da Fazenda"Samuel Reis/Metrópoles5 de 7O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista ao Metrópoles Samuel Reis/Metrópoles6 de 7O ministro da Fazenda, Fernando HaddadSamuel Reis/Metrópoles7 de 7Segundo Haddad, a área técnica concluiu o documento e os detalhes serão apresentados a ele nesta quinta-feira (24/7). Após essa etapa, o plano deve ser levado ao presidente Lula provavelmente na próxima semana.O ministro ressaltou que a decisão final sobre o plano é uma “decisão política” do presidente, que ouvirá o Itamaraty e avaliará o andamento dos contatos com a contraparte americana.Haddad revelou que há “tentativas de contatos reiterados” com autoridades americanas, mas que o sucesso tem sido limitado com secretários.TarifaNo último dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu a promessa que havia feito e anunciou que as exportações de produtos do Brasil para os Estados Unidos agora serão taxadas em 50%.A taxa entra em vigor a partir de 1º de agosto e será cobrada separadamente de tarifas setoriais, como as que atingem o aço e alumínio brasileiros. Em abril deste ano, o Brasil já havia sido atingido pelo tarifaço de Trump, e teve seus produtos tarifados em 10%. Além disso, as taxas norte-americanas de 50% sobre aço e alumínio também afetaram o país.