Ibovespa fecha em alta, mas WEG sofre forte queda após resultados.Foto:iStock.O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (23), embalado pelo viés positivo em Wall Street, em meio a noticiário sobre acordos comerciais dos Estados Unidos, enquanto WEG (WEGE3) destoou e desabou 8% após o resultado do segundo trimestre frustrar.Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,99%, a 135.368,27 pontos, tendo alcançado 135.782 pontos na máxima e marcado 133.676,27 pontos na mínima do dia.O volume financeiro somou apenas R$ 16,85 bilhões, mais uma vez abaixo da média diária do mês, de R$ 21,66 bilhões, que é menor do que a média do ano, de R$ 24,48 bilhões, sugerindo agentes financeiros ainda cautelosos para tomar risco.Os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram recordes de fechamento nesta quarta-feira, impulsionados pela Nvidia e GE Vernova, conforme União Europeia e Estados Unidos pareciam estar se encaminhando para um acordo comercial semelhante ao que o presidente Donald Trump firmou com o Japão.S&P 500: +0,78%, para 6.358,91 pontosNasdaq: +0,61%, para 21.020,02 pontosJá o dólar fechou com forte baixa. O acordo comercial dos Estados Unidos com o Japão e a perspectiva de entendimento com a União Europeia abriram espaço para a queda do dólar ante outras divisas nesta quarta-feira, incluindo o real, mesmo com o Brasil ainda enfrentando desafios para negociar com os norte-americanos.Petrobras sobe, mas WEG frustra investidoresNa ponta positiva do Ibovespa, o destaque foi a Petrobras (PETR4), que subiu 2,04%, em sessão de variações modestas dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent fechou com decréscimo de 0,12%, a US$ 68,51.Já a WEG (WEG3) marcou a derrocada do dia, com queda de 8%, após resultado trimestral abaixo das previsões de analistas, mesmo com um crescimento de 10% no lucro em relação ao ano anterior. A empresa reportou lucro líquido de R$ 1,59 bilhão e Ebitda de R$ 2,59 bilhões — números considerados aquém das expectativas do mercado. Investidores demonstram preocupação com os potenciais reflexos do novo tarifaço dos EUA, que deve atingir diretamente as exportações da companhia.Entre os demais destaques, a Vale (VALE3) ficou estável, enquanto Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) avançaram mais de 1%, ajudando a sustentar o desempenho do índice.Apesar do bom humor externo e da perspectiva de que o Ibovespa possa romper os 140 mil pontos novamente — e até atingir os 150 mil até o fim de 2025 — o cenário interno ainda exige cautela. A proximidade da nova taxação de 50% sobre exportações brasileiras para os EUA e a flexibilização de mais de R$ 20 bilhões no Orçamento acendem alertas para os próximos pregões.Maiores altas e baixas do IbovespaÚltima cotação do IbovespaO Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (22) em leve baixa de 0,10%, aos 134.035,72 pontos.