A uma semana para o início do tarifaço sobre importações brasileiras prometido por Donald Trump, integrantes do governo Lula enfrentam dificuldades de comunicação com o governo americano e já admitem, nos bastidores, que não devem conseguir reverter a medida a tempo.Desde que Trump prometeu impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, o vice-presidente Geraldo Alckmin passou a liderar longas reuniões com empresários brasileiros e com outros ministros do governo Lula para tentar evitar a aplicação da medida.4 imagensFechar modal.1 de 4Trump, Bolsonaro e LulaArte Metrópoles2 de 4Lula e TrumpArte/Metrópoles3 de 4Lula e TrumpMetrópoles4 de 4Lula X TrumpLara Abreu / Arte Metrópoles No entanto, segundo fontes do Palácio do Planalto ouvidas pela coluna sob reserva, o governo Lula tem enfrentado dificuldades para ter acesso a integrantes da gestão Trump a fim de negociar. A reclamação é de que as mensagens enviadas sequer estão chegando ao governo americano.Diante desse cenário, o Palácio do Planalto não descarta enviar representantes de Brasília aos Estados Unidos para tentar negociar in loco. A expectativa de auxiliares do presidente Lula é de conseguir, pelo menos, adiar o início do tarifaço, prometido por Trump para começar em 1º de agosto. Leia também Igor Gadelha Após nota, Lula define três frentes de reação a tarifaço de Trump Igor Gadelha A “homenagem” de Lula a Moraes na nota em reação a Trump Igor Gadelha Governo Lula comemora artigo em jornal americano sobre tarifaço Igor Gadelha Neta de Lula entra na ofensiva contra Trump e Bolsonaro; veja vídeo Inicialmente, como a coluna mostrou, a o governo Lula apostava em um recuo imediato de Trump. Agora, porém, a avaliação é de que a questão política tem pesado na decisão do líder americano. “Trump personalizou uma pessoa dessa vez”, diz um assessor palaciano.