Postado por Fabiano Venancio - A Prefeitura de Campos, diante da situação de dificuldades nas finanças do município, agravada pela interrupção dos repasses da Saúde pelo governo estadual, tem desenvolvido uma verdadeira engenharia financeira como o remanejamento de recursos de outras secretarias para atender os hospitais da rede pública e os contratualizados, além das unidades pré-hospitalares.A realocação desses recursos obriga o governo Wladimir a rever planos em relação à continuidade de algumas obras de infraestrutura, enquanto outras seguem em ritmo mais lento.São os casos das obras dos terminais de integração do transporte de passageiros e o parque ecológico municipal. Além dessas obras, o programa Bairro Legal também foi paralisado em vários bairros porque o governo estadual também alega falta de recursos para manter a parceria. Um dos trunfos que o prefeito Wladimir Garotinho (PP) traz no bolso é sua boa relação com gabinetes importantes de Brasília e sua capacidade de articulação com parlamentares no Congresso para captar recursos.Na semana passada, o prefeito anunciou uma emenda parlamentar no valor de R$ 6 milhões junto ao senador Carlos Portinho (PL).Antes, com o ministro Alexandre Padilha (Saúde), tratou de reajuste do custeio do SUS (Sistema Único de Saúde). Com o deputado federal Bebeto (PP), buscou articular a transferência de mais de recursos."O financiamento da Saúde é tripartite, de responsabilidade da União, Estado e Município. Assim, o cofinanciamento do Estado é vital para manter a assistência à Saúde no município", destacou o prefeito."O impacto atinge diretamente todos os níveis assistenciais, desde a atenção primária até a média e alta complexidade. Com a suspensão, há prejuízos concretos no abastecimento de insumos, manutenção de serviços e estrutura de atendimento, sobretudo nas unidades de urgência e emergência.Além disso, existe um risco iminente de interrupção da Pactuação Programada Integrada (PPI), já que Campos é referência para toda a região Norte e Noroeste Fluminense. Inclusive estendendo essa assistência a mais 30 municípios no estado".A suspensão dos repasses estaduais, avalia o prefeito, coloca em xeque a assistência a uma população estimada em mais de 1 milhão de pessoas, o que torna a situação ainda mais grave."Sem a retomada desses recursos, a continuidade e a qualidade dos serviços prestados ficam comprometidas, ampliando o risco de desassistência em larga escala".