João Pedro Nascimento anunciou, hoje (18), que deixou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que presidiu por exatos três anos. A renúncia acontece dois anos antes do final do mandato e tem efeito a partir de segunda-feira (21). Motivos pessoais levaram à renúncia, segundo ele disse em entrevista ao Valor Econômico, que publicou a informação quatro minutos antes (21h10) de a autarquia divulgar um comunicado ao mercado, às 21h14. Nascimento foi indicado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá indicar um novo nome. Pelas regras da autarquia, o diretor mais antigo deve assumir a presidência. No caso, é Otto Lobo, cujo mandato termina em 31 de dezembro deste ano. Em post no LinkedIn no sábado, Nascimento escreveu que encerrou “esse ciclo com gratidão, orgulho e plena convicção de que cumprimos uma missão pública à altura da história e da responsabilidade da Autarquia. Trabalhamos de forma técnica, independente e isenta de convicções político-partidárias”. E afirmou que “cada entrega foi orientada por uma visão de futuro, ancorada na proteção do investidor e no fortalecimento do mercado de capitais como instrumento de financiamento sustentável, competitivo e inclusivo”. Agora, afirmou que segue à disposição do Brasil e do mercado de capitais, “confiante de que os pilares lançados neste ciclo continuarão a florescer com solidez e propósito”. No mesmo momento em que divulgou a saída de Nascimento, a CVM publicou a lista de ações em seu período, que seguiram uma agenda com foco em financiamento, pessoas e tecnologia. Entre as ações estão: *Reportagem atualizada em 19/07/2025 às 23h45 com informações sobre o post no LinkedIn.