Situada no coração do estado da Paraíba, Campina Grande se tornou referência em tecnologia e inovação no Nordeste do Brasil ao longo das últimas décadas. O destaque dessa trajetória está diretamente relacionado à atuação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), cuja presença tem impulsionado avanços científicos e transformado a dinâmica econômica e social da região. Ao reunir talentos, infraestrutura de ponta e parcerias estratégicas, a cidade consolidou-se como um polo de desenvolvimento tecnológico no interior do país.Nesse contexto, o papel da UFCG vai além do simples ensino. A instituição contribui ativamente para a formação de profissionais altamente capacitados, muitos deles reconhecidos nacional e internacionalmente. O surgimento de centros de pesquisa, incubadoras de empresas e eventos de tecnologia refletem o ambiente favorável à inovação estabelecido na cidade, influenciando diretamente setores diversos, do industrial ao de serviços.Como a UFCG impulsionou o ecossistema tecnológico em Campina Grande?Desde seu surgimento, a Universidade Federal de Campina Grande desempenha função central na consolidação de um ecossistema inovador e empreendedor. O curso de Ciência da Computação, criado na década de 1970, marcou o início dessa trajetória e tornou-se um dos mais reconhecidos do país, responsável por atrair estudantes de todo o Brasil e do exterior. A qualificação desses profissionais motivou o surgimento de empresas de base tecnológica e nutriu a cultura voltada ao desenvolvimento de soluções inovadoras.Dentre as principais contribuições, destacam-se: Criação de laboratórios de pesquisa, onde são desenvolvidos projetos em áreas como inteligência artificial, engenharia de software e automação. Implementação de programas de extensão, conectando universitários e sociedade, por meio de atividades que estimulam o empreendedorismo e aproximam a academia do setor produtivo. Fomento de parcerias entre universidade, empresas e órgãos governamentais, favorecendo a troca de conhecimento e a geração de empregos qualificados.Quais os principais impactos tecnológicos da UFCG para o Nordeste?A influência tecnológica originada em Campina Grande cruzou divisas estaduais, contribuindo para o desenvolvimento do Nordeste como um todo. Vários exemplos podem ser observados, a começar pela exportação de tecnologia e de capital intelectual para outras regiões. Profissionais formados pela UFCG ocupam posições-chave em empresas nacionais e internacionais de tecnologia, além de participarem do lançamento de startups inovadoras.No plano regional, alguns resultados são notáveis:Modernização de setores tradicionais da economia nordestina, como a indústria têxtil e o agronegócio, por meio da introdução de soluções baseadas em automação e análise de dados.Criação de ambientes colaborativos, como parques tecnológicos e comunidades open source, que estimulam a difusão de conhecimentos e boas práticas para além dos limites da Paraíba.Permissão do acesso a sistemas de ensino digitais mais avançados, facilitando a qualificação de jovens e adultos no semiárido.Imagem de loja de roupa – Créditos: depositphotos.com / johnkwanQuais projetos e iniciativas se destacam no cenário tecnológico campinense?Entre os projetos de maior repercussão, destacam-se a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB) e o Centro de Informática, ambos ligados à UFCG. Essas instituições funcionam como espaços de experimentação e transferência de tecnologia, atraindo empresas nacionais e estrangeiras para instalar filiais em Campina Grande. Além disso, a cidade sedia eventos científicos de abrangência internacional, como o Congresso Brasileiro de Computação e o Festival de Inovação Tecnológica, fortalecendo sua posição estratégica.Outra iniciativa de destaque é a criação do ‘Oxente Lab’, um laboratório de ciência, tecnologia, inovação e letramento digital instalado na Fundação PaqTcPB. O ‘Oxente Lab’ oferece cursos gratuitos destinados especialmente a mulheres vítimas de violência na Paraíba, promovendo formação em letramento digital e empreendedorismo social. A estrutura conta com computadores, impressoras 3D e outros equipamentos necessários para capacitações práticas, buscando promover inclusão social e ampliar as possibilidades de inserção profissional e acadêmica dessas mulheres. Futuramente, o laboratório também deve oferecer oportunidades a estudantes de escolas públicas de baixa renda, ampliando ainda mais seu impacto social e tecnológico no ecossistema local.Outro ponto relevante é a criação e consolidação de startups locais que alcançaram reconhecimento em grandes centros urbanos. Tanto a produção de softwares quanto projetos voltados à Internet das Coisas (IoT) e desenvolvimento de aplicações móveis são exemplos de áreas que receberam investimentos e obtiveram destaque na última década. O estímulo à formação empreendedora é peça-chave para sustentar esse ambiente competitivo e inovador.Nota adicional: Ressalta-se que no contexto dos polos de ensino superior na Paraíba, é importante mencionar a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), instituição distinta da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Qualquer menção à ‘Universidade Federal da Praíba’ está incorreta, pois a forma correta é ‘Universidade Federal da Paraíba’.O futuro da tecnologia no interior nordestino passa por Campina Grande?O avanço tecnológico na região Nordeste está intrinsecamente conectado ao desempenho de centros de referência, como Campina Grande. Ao unir tradição acadêmica, inovação e infraestrutura adequada, a cidade mantém-se como polo estratégico para o setor. O ambiente favorável ao surgimento de novos talentos e negócios segue como diferencial, e a expectativa para os próximos anos é que a influência da UFCG se expanda ainda mais, colaborando para elevar o padrão tecnológico do interior nordestino e ampliando oportunidades para novos projetos e empreendimentos.O post Como a UFCG transformou o interior da Paraíba em polo tecnológico do Nordeste apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.