A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) projeta que, num cenário de retaliação do Brasil ao tarifaço de Donald Trump, as perdas à economia brasileirão serão drásticas: R$ 259 bilhões (-2,21%) a menos no PIB (Produto Interno Bruto), quase dois milhões de empregos excluídos, baixa de R$ 36,18 bilhões na massa salarial, além da perda de R$ 7,21 bilhões em impostos.Divulgado nesta segunda-feira (21), o estudo aponta que a economia brasileira pode retrair até 1,49%, além de registrar a perda de mais de um milhão de postos de trabalho. Leia Mais China proíbe executiva do Wells Fargo de deixar o país Análise: Brasil não pode correr risco de ser "exemplo" de punição de Trump "Bullying de Trump contra o Brasil está saindo pela culatra", diz jornal O cenário base avaliado pela Fiemg, com a aplicação da tarifa dos EUA aos importados brasileiros a partir do dia 1º de agosto, é de um impacto de R$ 175 bilhões no PIB, no longo prazo.O setor produtivo como um todo tem saído em defesa de uma abordagem diplomática e técnica às tarifas dos EUA, evitando o acirramento de tensões políticas entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).“Os Estados Unidos são um parceiro tradicional do Brasil. Do ponto de vista geográfico, faz todo sentido que nossas economias mantenham um fluxo de comércio ativo e complementar e, no nosso entendimento, ambos os países perdem muito com a medida. Responder com a mesma moeda pode gerar efeitos inflacionários no Brasil, por isso, o caminho mais inteligente é a diplomacia”, destaca o presidente da entidade, Flávio Roscoe.Para o estado de Minas Gerais, o terceiro que mais exporta aos norte-americanos — com café, ferro e aço e máquinas e materiais elétricos —, a entidade estima que o impacto pode chegar a R$ 21,5 bilhões.A Fiemg destaca que setores estratégicos da economia mineira, como siderurgia, transporte, produtos minerais não metálicos e serviços podem registrar retração de até 11,9%.Saiba como fazer pagamentos com o Pix por aproximaçãoPublicado por João Nakamura