Voando alto: Carteira de pedidos da Embraer (EMBR3) dispara 44% no 2T25 e bate recorde

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A Embraer (EMBR3) encerrou o segundo trimestre com R$ 29,7 bilhões em sua carteira de pedidos, a maior cifra de seus 55 anos, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira.Trata-se de uma alta de 40% contra o mesmo período do ano passado e 13% ante o primeiro trimestre.Ao todo, a companhia entregou 61 aeronaves no trimestre, considerando todas as suas unidades de negócios.VEJA TAMBÉM: O que esperar dos resultados do 2º tri de 2025? Confira o guia completo do BTG sobre a temporada de balanços de 2025O resultado representa aumento de 30% em relação ao segundo trimestre de 2024, quando foram entregues 47 aviões, e mais que o dobro do número registrado no primeiro trimestre, com 30 aeronaves.Aviação comercial com tudoEntre os destaques, está a aviação comercial, que atingiu a maior carteira de pedidos em 8 anos, totalizando US$ 13,1 bilhões (o recorde anterior foi de US$ 13,4 bilhões no quarto trimestre de 2017).Além do forte desempenho em vendas, a unidade de negócios celebrou o marco de 1.000unidades vendidas do E175 desde seu lançamento em 2005.Durante o trimestre, a Embraer recebeu um pedido firme da SkyWest para 60 aeronaves E175, com direitos de compra para mais 50 unidades.Na aviação executiva, houve alta de 62% na carteira, a US$ 7,4 bilhões, mas com leve queda de 2% em relação ao trimestre anterior (1T25).As entregas somaram 38 jatos no período, 41% superior aos 27 jatos entregues no segundo trimestre.No primeiro semestre de 2025, as entregas totalizaram 61 aeronaves, o equivalente a 41% doponto médio da estimativa anual de 2025 (entre 145 e 155).Em defesa & segurança, a carteira de pedidos encerrou o período em US$4,3 bilhões, 3% acima do trimestre anterior e o dobro do valor registrado há um ano.Embraer: Recordes na bolsa, mas até quando? Trump soa alertaNão é só na carteira de pedidos que a Embraer bate recordes. Na bolsa, a ação opera próximo das máximas, que foi registrada em 4 de julho.Porém, a ação despencou 18% em meio às tarifas de Donald Trump de 50% sob o Brasil.A fabricante de aeronaves brasileira tem forte exposição aos Estados Unidos, com 60% das vendas voltadas para o país.O BTG Pactual pondera que, na aviação comercial, o E1 não tem substitutos diretos no mercado americano, e clientes como a SkyWest continuam demandando a aeronave.Contudo, o impacto de uma tarifa de 50% seria bem mais severo do que os 10% anteriores.“Na aviação executiva, os jatos Praetor, fabricados no Brasil, são os mais afetados; já os Phenom, montados na Flórida, sofrem menos impacto. O risco maior é a perda de competitividade frente a concorrentes europeus e norte-americanos”, ponderam os analistas do banco.O próprio CEO, Francisco Gomes Neto, disse que o impacto na receita da empresa pode ser semelhante ao da crise da Covid-19.Ele acrescentou que as tarifas de 50% seriam praticamente um embargo comercial, tornando “inviáveis” as exportações para os EUA.