EUA não podem “obrigar” Israel a fazer nada, diz enviado dos EUA

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O enviado especial dos Estados Unidos em Beirute, Thomas Barrack, afirmou nesta segunda-feira (21) que Washington não pode “obrigar” Israel a fazer nada.Barrack tinha sido questionado por repórteres sobre exigências do Líbano aos EUA para garantir o fim dos ataques israelenses no território libanês.No mês passado, os Estados Unidos propuseram um roteiro às principais autoridades do Líbano para desarmar totalmente o Hezbollah em quatro meses em troca da suspensão dos ataques israelenses e da retirada das tropas israelenses que ainda ocupam posições no sul do Líbano.O Líbano solicitou a Washington que atuasse como garantidor de segurança para certificar a retirada total das tropas de Israel e a interrupção das operações de ataque contra membros do Hezbollah, se o grupo armado começasse a entregar armas. Leia mais Trump publica vídeo gerado por IA que mostra Obama sendo preso; entenda Lula: “Guerra tarifária vai começar na hora que eu der a resposta a Trump” Escassez de alimentos em Gaza ameaça saúde de bebês e crianças, diz ONU   Ele acrescentou que os EUA não estão forçando o Líbano a retirar as armas do Hezbollah ou considerando sanções contra autoridades libanesas caso o Hezbollah não seja desarmado.“Não há consequência, não há ameaça”, afirmou o enviado especial.Líbano acusa Israel de violar cessar-fogoBarrack, um conselheiro de longa data do presidente dos EUA, Donald Trump, também atua como embaixador dos EUA na Turquia e enviado especial para a Síria.Ele está em sua terceira viagem ao Líbano em pouco mais de um mês para continuar o roteiro dos EUA, que abrange o desarmamento de grupos armados não estatais, reformas econômicas e fortalecimento dos laços com Síria.Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de meses no ano passado, que terminou com uma trégua mediada pelos EUA, exigindo que os dois lados parassem de lutar.O acordo previa que Israel retirasse as tropas e que o Líbano ficasse livre de todas as armas não estatais, começando pela região sul, que é a mais próxima da fronteira israelense.Embora o Hezbollah tenha entregado algumas armas dos depósitos no sul do país ao exército libanês, Israel diz que o grupo está violando o cessar-fogo ao tentar se restabelecer.O Líbano e o Hezbollah afirmam que Israel violou a trégua ao continuar a ocupar parte da fronteira libanesa.