Postado por Fabiano Venancio - A Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Campos é a área que abriga o maior quantitativo de programas e ações que evidenciam a envergadura e a importância da pasta no contexto da administração pública municipal. A nova secretária Tânia Alberto, que substitui Marcelo Feres, licenciado para ocupar uma cadeira de vereador, destaca que a principal preocupação é o funcionamento das políticas públicas que abarca esses programas e ações que inclui a melhoria dos indicadores do IDEB, mas não como principal meta. Em entrevista ao Campos 24 Horas, Tânia fala a respeito das ações do governo Wladimir na Educação. "A melhoria do IDEB não é a principal meta. A melhoria do IDEB é uma consequência de uma política pública de Educação que prima pela gestão da qualidade do ensino e da educação. Quando discutimos os indicadores, que são indicadores em larga escala que o governo federal usa para mensurar a qualidade da educação, e um deles é o IDEB, a gente tem vários outros índices que vão tratar a gestão na dimensão educacional como um todo, porque ele indica se há crianças de grupos vulneráveis que conseguiram ser promovidas no seu aprendizado, conseguiram inclusão no seu aprendizado e conseguiram justiça social no seu aprendizado", explicou Tânia.A inserção tecnológica se inclui como um desses pilares do aprendizado, com o Programa Tô Lig@do, por meio do qual já foram distribuídos cerca de 8 mil tablets para alunos e 3.400 chromebooks para profissionais."Implantamos o Projeto Estação Educação, com produção de conteúdo audiovisual pelos próprios professores da rede; Programas Eduten (matemática gameficada) e Programa MenteInovadora (desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais, emocionais e éticas), oferta de laboratórios de robótica, matemática e ciência, laboratórios Brincar e Aprender; entre outros", detalhou.Tânia Alberto explica ainda que "a tecnologia nas escolas não é mais somente uma política educacional, muito embora a gente tenha agido de modo pioneiro a incluir, em Campos, a ciência e tecnologia na Educação, de modo a fazer parte de toda uma estrutura".- Mas hoje nós já temos a política nacional de inclusão digital e também a política nacional de ensino de computação na educação básica, que traz na Base Nacional Comum Curricular as estratégias e intervenções necessárias. Ela não é mais uma decisão só da educação, mas visa pensar o cidadão do futuro, entendendo que o mundo da tecnologia absorve cada vez mais movimentos e ações das pessoas na sociedade"A secretária enfatiza ainda que "promover a inclusão digital é entender a tecnologia como aliada e parceira do ser humano, é dar a condição dessa criança de sobreviver no futuro no mundo do trabalho".Um assunto polêmico, o uso de celular em sala de aula, a secretária observa que não existem estudos locais ainda, porém, a observação e o relato de professores confirmam que o desempenho do aluno fica prejudicado quando o celular é utilizado sem a conotação pedagógica. "Como a rede municipal de ensino atende, majoritariamente, crianças da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a prática de uso do aparelho celular não é tão comum; restando apenas o grupo de Anos Finais e EJA com acesso ao celular. Mesmo assim, a maior parte desses alunos dos anos finais do ensino fundamental não possuem telefone", afirmou."Em vista disso, acrescenta Tânia Alberto, o banimento de uso de celular é inócuo para a maior parte do público escolar da rede municipal. Entretanto, a secretária adiantou que a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) está finalizando uma Portaria com instruções claras e objetivas para o uso do celular em sala de aula somente para fins pedagógicos, dando prioridade para essa finalidade no uso dos equipamentos digitais e tecnológicos adquiridos pela Prefeitura, tais como os tablets em sala de aula, os laboratórios de tecnologia e os laboratórios de robótica, de modo que todos tenham a mesma oportunidade de acesso à educação por meio tecnológico."Celulares não são autorizados fora do contexto pedagógico e a Seduct promoverá reuniões com responsáveis e campanhas internas visando ampliar a cultura da convivência social, participativa, presencial e analógica.Não usar o celular não é só uma questão de reduzir o uso da tecnologia. É entender que processos e procedimentos que envolvem a tecnologia num formato de uso pedagógico e intencional, vocacionado para a aprendizagem, é tão importante quanto dar qualidade ao tempo de estudo do aluno"- E é por isso que os celulares hoje não estão na escola, porque eles ocupam um tempo enorme do aluno, tira dele a possibilidade de aprender e se concentrar em outras atividades, dada a capacidade que o celular tem de distrair e dispersar a atenção.O tamanho da Seduct pode ser dimensionado pelo quantitativo de alunos, com mais de 60 mil estudantes na rede, assim como pelo fato de Campos ser o município de maior população do Estado em educação no campo, tanto em número de escolas como de alunos na zona rural, de acordo com pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), o que leva o governo a reforçar as políticas públicas específicas para a educação no interior do município.A propósito, entre tantos outros importantes programas e ações da Seduc, a se destacar a política de transporte para estudantes em cursos superiores, técnicos ou profissionalizantes para estudantes que residem na zona rural.O Programa de Educação Escolar Inclusiva, com transporte de vans adaptadas para deslocamento de cerca de 200 alunos com necessidades especiais.O Programa de Leitura e Escrita na Educação Infantil; Programa voltado para a Inovação, Empreendedorismo e Apoio a Startups, além de ações e cursos de Educação Escolar Quilombola.