O plano de apoio aos empresários brasileiros afetados com a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos será uma medida “pontual”, informou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, nesta terça-feira (22).A implementação do programa aguarda aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Taxação de big techs “amadureceu”, mas não está na pauta, diz Durigan Haddad e Alckmin debatem plano de apoio a empresas afetadas por tarifas Governo melhora projeção de primário e aponta déficit de R$ 26,3 bi em 2025 “Tudo vai ser feito de maneira gradual, pontual, para eventuais setores que possam ter tido prejuízo, com o menor impacto fiscal possível, dentro do que o país possa, sem prejudicar o cumprimento da meta e execução orçamentária”, disse Durigan.A declaração foi realizada durante a divulgação do segundo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2025, documento elaborado pelo Executivo para acompanhar a trajetória do cumprimento da meta fiscal do ano.A ideia é que a medida tenha o menor impacto fiscal possível, segundo o número 2 da Fazenda. O governo está se empenhando para assegurar o cumprimento da meta fiscal de 2025, que é de déficit zero.Análise: Economistas veem estrago maior da tarifa contra o Brasil | Fechamento de Mercado“Todo o nosso esforço é que o impacto fiscal seja o menor possível, ao mesmo tempo, sem que a gente nos omita no sentido de oferecer um plano de contingência que a economia exija”, afirmou.Para cumprir este objetivo, a equipe econômica reduziu nesta terça-feira o congelamento nos gastos do orçamento de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões. Houve um aumento do bloqueio e uma reversão completa do contingenciamento anterior.A tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros entra em vigor em 1° de agosto. Oficialmente, o governo brasileiro tem apostado na negociação para reverter o cenário até a implementação da taxa.Nesta segunda-feira (21), Durigan disse que ainda não há data marcada para a apresentação do plano de contingência contra o tarifaço ao presidente Lula. O pacote precisa do aval do chefe do Executivo.Entenda o tarifaço de Trump sobre Brasil e como impacta a economia