Pescadores capturaram um peixe invasor próximo a vila de Taipu de Dentro, no sul da Bahia. O animal foi encontrado em um estuário, região de transição entre o rio e o mar, o que acende um alerta para a possível expansão dessa espécie em ambientes costeiros nacionais.O peixe-leão (Pterois volitans) é uma espécie nativa do oceano Indo-Pacífico, onde habita regiões próximas a recifes de coral. No Brasil, é considerado invasor: seus potenciais predadores não o reconhecem como uma ameaça, o que favorece sua rápida expansão.Sem controle natural, os espécimes se alimentam de forma voraz, consumindo até 30 peixes a cada 20 minutos. Sua reprodução também é acelerada, uma única fêmea pode liberar cerca de 30 mil ovos a cada ciclo, com novos indivíduos surgindo a cada 26 dias.Taipu de Dentro é uma pequena vila de pescadores no município de Maraú, na Bahia. Local é um destino turístico devido a suas praias paradisíacas. (Imagem: Otávio Nogueira / Wikimedia Commons)Leia mais:“Peixe do fim do mundo” surge na costa do México; será um mau presságio?Afinal, piranhas podem matar humanos?Os peixes bebem água?Na fase adulta, esses animais podem alcançar 47 centímetros com 18 espinhos venenosos que, ao perfurarem a pele humana, injetam toxinas capazes de causar necrose no local, náuseas, febre e até convulsões. O INEMA (Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) informa que, ao entrar em contato acidental com o peixe, a pessoa deve procurar imediatamente o posto de saúde mais próximo.A organização Mergulho Consciente, que trabalha na região, comunicou que uma força-tarefa de contenção do peixe-leão está em andamento, com apoio de pesquisadores da Bahia. Como parte das ações, a prefeitura do município elaborou um guia de orientação para casos de avistamento ou captura do animal.O que fazer ao encontrar uma espécie invasoraA primeira identificação de um espécime de peixe-leão no Brasil ocorreu em 2014, no litoral do Rio de Janeiro. Desde então, eles se espalharam pela costa nacional e foram encontrados até no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. As informações são do g1.Caso uma pessoa encontre um espécime, não deve tentar capturá-lo. A orientação de especialistas é registrar o máximo de informações possíveis: fotos nítidas, localização precisa e data do avistamento. Se a identificação ocorrer no estado da Bahia, o INEMA indica que se deve entrar em contato:Disque Denúncia: 0800.071.1400Email: denuncia@inema.ba.gov.brNúmero de WhatsApp: 71 99661-3998Para outras localizações, órgãos como o IBAMA e o ICMBio atuam em todo o território nacional. É possível avisar essas instituições pelos seguintes contatos:Linha Verde do IBAMA: 0800 61 8080 – canal gratuito para denúncias ambientais em todo o paísOuvidoria ICMBio: ouvidoria@icmbio.gov.brO post Peixe invasor venenoso com 18 espinhos é encontrado na Bahia apareceu primeiro em Olhar Digital.