Nove galinhas d’Angola morreram por gripe aviária no BioParque do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (18). A informação da causa das mortes foi confirmada nesta terça-feira (22) pelo BioParque.O parque comunicou as mortes na última sexta, mas sem a confirmação da contaminação. A DPMA (Delegacia de de Proteção ao Meio Ambiente) solicitou o laudo de necropsia das aves e, após análise laboratorial das aves, foi detectada a infecção por influenza aviária. A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento também confirmou que as galinhas d’Angola do BioParque do Rio estão contaminadas pelo vírus. O parque está fechado temporariamente desde a última sexta-feira (18) e vai reabrir ao público nesta quinta-feira (24).O resultado foi atestado por exames realizados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Campinas. A doença infectou algumas aves e os técnicos da Superintendência de Defesa Agropecuária Estadual adotaram as medidas necessárias para o controle e prevenção do vírus.Entre as medidas, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) está monitorando os funcionários do BioParque que entraram em contato com as aves. Cerca de 15 pessoas foram expostas as galinhas.O monitoramento desses indivíduos começou no dia 17 de julho, mas se estenderá em cerca de 10 dias. A identificação do local de residência dos expostos também é um dever para “repassar as informações para as respectivas vigilâncias municipais”, explicou a superintendente de Emergências em Saúde Pública da SES-RJ, Silvia Carvalho.Além disso, sempre que ocorre a suspeita de uma nova galinha contaminada, a SES é acionada pela Secretaria Estadual de Agricultura para o acompanhamento.“A confirmação do caso reforça a importância do trabalho permanente da equipe de Defesa Agropecuária na vigilância ativa e resposta imediata. Garantir a segurança sanitária e reforçar as medidas de prevenção são pontos chaves”, disse o secretário de Agricultura, Dr. Flávio. Leia Mais Sobe para 284 o número de cavalos mortos por ração contaminada, diz Mapa Ceará confirma foco de gripe aviária em aves de criação de subsistência MP vai investigar venda de gambás em feira no interior do Pará Contaminação por humanosAinda de acordo com a secretaria do estado, casos de transmissão do vírus H5N1 para humanos são raros. No entanto, se no período de monitoramento do parque qualquer dessas pessoas expostas apresentar algum sintoma respiratório, será aberto um protocolo de caso suspeito humano, e ela ficará em isolamento em sua casa.A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos, porém, segundo a secretaria, “a rápida detecção e contenção da doença é vital para proteger a saúde animal, humana e a economia do setor”.Funcionamento do ParqueEm nota, o BioParque do Rio afirmou que com a adoção de todas as medidas necessárias e autorização dos órgãos competentes, o parque será reaberto ao público a partir desta quinta-feira (24), com exceção da área da Savana Africana.A área mencionada é onde todos os animais infectados estavam localizados e por isso, permanecerá interditada por 14 dias, seguindo os protocolos de biossegurança.Medidas como isolamento total da área afetada, monitoramento clínico das aves, vistorias técnicas, rastreamento e controle de entrada e saída de materiais e pessoas estão sendo realizadas para possibilitar, em breve, o retorno da visitação. As medidas são executadas pela Secretaria de Estado de Agricultura, em conjunto com o Ministério da Agricultura e os responsáveis técnicos do parque.