Com venda de imóveis, GARE11 mira desalavancagem como nova estratégiaO fundo imobiliário GARE11 detalhou em seu relatório de maio a operação proposta para a venda de 10 imóveis do seu portfólio de Renda Urbana, envolvendo ativos locados ao GPA e Grupo Mateus em diferentes regiões do país. A transação, divulgada no Comunicado ao Mercado no dia 26 de junho, poderá gerar um lucro bruto entre R$ 135 milhões e R$ 156 milhões e reduzir a alavancagem do fundo em aproximadamente R$ 355 milhões — o equivalente a quase metade do passivo do FII Artemis 2022.A estrutura prevê que o GARE11 permaneça exposto aos ativos por meio de cotas subordinadas no fundo comprador, refletindo a confiança na qualidade do portfólio vendido e no potencial de valorização futura dos imóveis. As cotas subordinadas permitirão ao GARE11 participar dos ganhos excedentes ao rendimento pactuado para as cotas sênior (IPCA+9% a.a.). O pagamento das parcelas da venda será realizado ao longo de 24 a 60 meses, em linha com o cronograma do novo fundo criado para essa aquisição.GARE11 segue com todos seus imóveis ocupados e inquilinos em dia com os aluguéisAlém da transação, a gestora reforçou que o portfólio do GARE11 segue 100% locado, adimplente e com contratos atípicos de longo prazo, mantendo um WAULT acima de 12 anos. Em maio, três imóveis do Grupo Mateus tiveram reajustes de aluguel, seguindo o IPCA acumulado de 12 meses (5,48%), representando 6,8% da receita do fundo.Em relação aos próximos passos, a gestão destacou que segue negociando novas aquisições para repor os ativos vendidos, porém optou por “segurar” a liquidação imediata dessas compras para preservar a robustez do colchão de disponibilidades e o impacto positivo da redução da alavancagem. Segundo a equipe gestora, essa postura está alinhada ao objetivo de entender como o mercado percebe o GARE11 com essa “nova cara”, em um momento de desalavancagem. Ainda assim, as operações de aquisição continuam em andamento, possivelmente acompanhadas de uma nova emissão de cotas para manter o fundo em um caminho de alavancagem líquida negativa, finaliza a gestora.