Glenda Kozlowski: de campeã no bodyboard, ao jornalismo na Globo e empresária

Wait 5 sec.

Entrevistada do programa Game Changers, do InfoMoney, a apresentadora Glenda Kozlowski vive o esporte desde a infância. Apaixonada pelo vôlei, ela acabou virando profissional do bodyboard, sendo tetracampeã da modalidade.Glenda quase virou atriz na TV Globo. Mas logo após um convite recusado para atuar, após conversa com a sua mãe, abriu uma outra porta na área de Esportes da emissora – onde ela viria a ficar por 27 anos.Segundo Glenda, o convite era para apresentar um programa no canal Top Sport, que posteriormente se tornou o SporTV. Ela aceitou a proposta por ser um programa semanal que ela poderia conciliar com a prática bodyboard.“Eu fui embora e nunca mais eu fui saber de ser atriz. E ali eu me encontrei, porque eu amava esporte, adorava esporte, fiz esporte a vida inteira. E foi um ano muito importante para o Brasil, 1992, o ano da Olimpíada de Barcelona. Fui fazendo minha agenda, eu tinha o telefone de todos os atletas. Era uma conversa de atleta para atleta, e aí a coisa foi indo”.Leia também: “O Bernardinho tem um coach para lidar com a nova geração”, diz VirnaO desafio dos Jogos no RioFoi na Globo que Glenda teve o que considera “uma das coisas mais difíceis que fez na vida”: ser narradora nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 – a primeira mulher a exercer esta função.Glenda sofreu ataques nas redes sociais que quase a fizeram desistir – mas ela foi demovida da ideia na época por sua chefe no Esporte Espetacular, Rosane Araújo, e por Renato Ribeiro, que viria pouco depois a ser Diretor de Conteúdo de Esportes da emissora.“Foi difícil por quê? Primeiro porque que, ali, eu já sabia que eu ia sair do Esporte Espetacular, ia encerrar um ciclo de 20 anos. Então, aquilo já estava mexendo comigo emocionalmente. E eu me preparei para aquela Olimpíada, passei um ano me preparando para exatamente aquela semana da ginástica. Então, eu sabia tudo de qualquer pessoa, qualquer atleta de qualquer país, eu sabia”.Glenda diz que sofreu muitos ataques nas redes sociais por ter narrado os Jogos Olímpicos. “Fui massacrada mesmo. E eu nunca tinha enfrentado isso profissionalmente. Eu nunca liguei para isso, mas ali eu liguei. Ali mexeu muito comigo. Eu falei: “Mas por que eles estão fazendo isso comigo? O que está acontecendo?” E aí eu tentei me afastar do que estava acontecendo. Aquilo começou a mexer comigo mesmo psicologicamente e eu falei: eu não quero mais. Eu desisti”.Glenda contou que Rosane e Renato não só a convenceram a continuar como também a narrar sozinha a prova da final da ginástica artística masculina, com dois brasileiros na disputa.“A Rosane falou: “Ah, você vai, sim. Você não chegou até aqui para desistir agora. É uma final com dois brasileiros, você é uma profissional, você pega essas mensagens, engole todas elas e você vai. E aí o Renato foi audacioso porque ele falou: “Você vai sozinha”, relembrou Glenda.“Eu fiquei assustada, tive uma angústia, falei: “Cara, eu vou ser massacrada de novo”. E aí eu lembrei daquela menina. Daquela coragem de viajar sozinha pro Havaí”.Glenda encarou, e foi a narradora das medalhas de prata de Diego Hypólito e de bronze de Arthur Nory no solo. “Foi um grande presente profissional, foi muito difícil. Foi uma experiência excepcional porque foi uma dobradinha brasileira, a única dobradinha. Depois o Comitê Olímpico Internacional me comunicou que eu fui a primeira mulher na história dos Jogos Olímpicos a narrar uma conquista de medalha do seu país. E eu fiquei super emocionada”.Leia também: Ex-presidente de comitê projeta Brasil no top 2 dos Jogos Paralímpicos até 2040Jornalista e empreendedoraUm dos motivos que fez Glenda decidir deixar a Globo após quase três décadas na empresa — hoje ela é apresentadora da Band — foi a possibilidade de empreender. Como empresária, Glenda atua em vários projetos, mas olha com carinho para dois públicos: o infantil e as mulheres que estão na fase da menopausa.“Mundo Glenda é a minha agência que cuida dos meus trabalhos e dos meus projetos. Tem uma linha, chamada Reset, que é de cosméticos e vitaminas para essa mulher na menopausa. Até porque é a minha realidade atual, eu tenho 50 anos de idade. Venho me preparando para esse momento, já vi de tudo, já testei, fiz tudo, e decidi que vou olhar para essa mulher”Glenda também trabalha no desenvolvimento de um personagem infantil para dialogar com as crianças que a assistem. “Ainda tem a Glendinha que eu estou desenhando, que vão ter historinhas, um lado mais lúdico. Eu quero despertar a vontade delas praticarem esportes, assim como eu tinha”.Sobre o Game ChangersGame Changers é um programa de entrevistas com as principais personalidades do esporte que mudaram o jogo em suas áreas de atuação.Acompanhe quinzenalmente uma nova edição do Game Changers no Youtube do InfoMoney.The post Glenda Kozlowski: de campeã no bodyboard, ao jornalismo na Globo e empresária appeared first on InfoMoney.