O que é um cientista? Características, áreas de atuação e salário

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Grande parte das tecnologias e descobertas que fazem parte do nosso cotidiano, de smartphones até as vacinas, surgiu do trabalho de pessoas que dedicaram a vida à ciência: os cientistas. Mas o que exatamente é ser um cientista?Ser cientista vai muito além do jaleco branco e dos equipamentos: envolve curiosidade, método e uma busca por respostas. Seja investigando doenças em um laboratório ou analisando dados sobre estrelas distantes, o cientista está sempre tentando compreender melhor o mundo ao nosso redor.Descubra: Quem foi Marie Curie e qual a sua importância para a ciênciaOutra característica da carreira científica é a diversidade de áreas de atuação. Existem cientistas observando florestas em busca de novas espécies, outros desenvolvendo inteligência artificial em empresas de tecnologia. E não podemos nos esquecer dos professores, que estão em universidades formando as próximas gerações de cientistas.Qual é o papel do cientista?Em resumo, o papel do cientista é investigar a realidade e descobrir novos dados que possibilitem um conhecimento aprofundado de assuntos específicos. Ou seja, o cientista funciona quase como um detetive da natureza e da tecnologia, em que investiga e busca evidências questões primordiais do universo.Isso significa que ele observa fenômenos, sugere hipóteses e realiza experimentos e estudos para testar suas ideias. Se a hipótese estiver errada, ele aprende com o resultado e tenta um novo caminho; se estiver certa, ele divulga a descoberta para que ela passe por um processo de revisão e contribua com outros estudos.No dia a dia, o trabalho de um cientista pode envolver projetar experimentos, coletar e analisar dados com rigor. Por exemplo, durante a pandemia de Covid-19, cientistas do mundo todo estudaram o vírus, desenvolveram vacinas e indicaram medidas de prevenção.É importante destacar que nem todo cientista trabalha diretamente com uma aplicação imediata. Muitos se dedicam ao lado mais teórico da ciência e investigam questões fundamentais, como a origem do universo ou a estrutura de partículas subatômicas.Onde atua um cientista? Conheça as principais áreas!Como mencionado, a ciência está em praticamente todas as áreas da humanidade. Um cientista pode trabalhar em ambientes diferentes, dependendo de sua especialização. Confira algumas das principais áreas de atuação de cientistas atualmente:Saúde e biotecnologia: muitos cientistas atuam em pesquisas médicas, desenvolvimento de medicamentos, vacinas e estudos biológicos. Por exemplo, biólogos, biomédicos e bioquímicos investigam doenças, buscam curas e inovam em técnicas médicas;Tecnologia da informação e IA: neste setor, cientistas de computação de diferentes áreas criam algoritmos, analisam grandes volumes de dados (Big Data) e desenvolvem inteligências artificiais;Energia e meio ambiente: engenheiros e outros tipos de especialistas em energia pesquisam fontes renováveis, como energia solar, eólica e biomassa, para melhorar a eficiência energética;Indústria: no setor industrial, químicos, físicos e engenheiros trabalham na criação de novos materiais e tecnologias. Isso inclui desde desenvolver materiais mais resistentes e leves para uso em carros e aviões, até criar novos componentes eletrônicos;Educação e pesquisa: muitos cientistas estão em universidades e institutos de pesquisa, onde conduzem estudos científicos e também ensinam, formando novos profissionais;Exploração do espaço: outra área de destaque é a pesquisa aeroespacial. Cientistas e engenheiros aeroespaciais projetam foguetes, estudam planetas e asteroides, e procuram entender o universo.Essas são apenas algumas áreas, mas existem cientistas atuando em campos como psicologia, economia e muitas outras. O importante é que, independentemente do ramo, o método científico está presente em todos eles.Quanto ganha um cientista no Brasil?De acordo com o site Glassdoor, em média, os cientistas brasileiros ganham entre R$ 5 mil e R$ 13 mil por mês, considerando diferentes setores e cargos. Contudo, é importante destacar que essa é apenas uma faixa média e profissionais em início de carreira ou com apenas a graduação podem começar ganhando muito menos.No Brasil, o salário de um cientista pode variar bastante conforme a área de atuação, o nível de formação e a experiência. (Fonte: Getty Images)Por exemplo, as bolsas de pesquisa para mestrado e doutorado no Brasil oferecem R$ 2.100 e R$ 3.100, respectivamente.Por outro lado, cientistas com títulos avançados atuando em grandes universidades, centros de pesquisa de ponta ou empresas privadas de tecnologia podem receber salários mais altos.No caso de um professor universitário com doutorado e dedicação exclusiva, por exemplo, pode chegar a mais de R$ 15 mil mensais em certas instituições. Já em setores da iniciativa privada como biotecnologia, engenharia de materiais ou ciência de dados, não é estranho encontrar especialistas que recebem acima de R$ 20 mil por mês.O lugar onde você mora também faz diferença: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília concentram universidades renomadas e empresas de alta tecnologia. Ou seja, são regiões que podem oferecer salários maiores, enquanto regiões com menos infraestrutura de pesquisa podem pagar menos.Saiba também: Quem foi Nikola Tesla e qual é a sua importância para a CiênciaNo exterior, países desenvolvidos também oferecem oportunidades com remunerações que são relativamente superiores. Por exemplo, cientistas da informação podem receber salários de US$ 10 mil dólares em algumas empresas de fora do Brasil — um valor que passa de R$ 50 mil na cotação atual.Cientistas que marcaram a históriaDiferentes cientistas criaram teorias, fórmulas e tecnologias que revolucionaram a forma como vivemos. Seja por meio de invenções ou descobertas, essas pessoas são lembradas por terem marcado a história da humanidade.Por exemplo, o físico alemão Albert Einstein desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos conceitos responsáveis por diversos estudos que são realizados atualmente. Mas existem diversos outras personalidades da ciência.“Cientistas são pessoas de temperamentos muito diferentes, fazendo coisas distintas de maneiras bem variadas. Entre os cientistas, há colecionadores, classificadores e organizadores compulsivos; muitos têm temperamento de detetive e muitos são exploradores; alguns são artistas e outros, artesãos”, explica o biólogo Peter B. Medawar, no livro “The Art of the Soluble”.Conheça alguns cientistas e suas contribuições:Thomas Edison: Edison criou invenções como a lâmpada elétrica incandescente e o fonógrafo. Em relação à eletricidade e comunicação, ele possibilitou as bases para a infraestrutura elétrica e de telefonia;Alexander Fleming: foi o cientista que descobriu a penicilina em 1928, o primeiro antibiótico realmente eficaz. Essa descoberta revolucionou a medicina e permitiu o tratamento de infecções que antes eram fatais;Alexander Graham Bell: apesar de existirem controvérsias sobre os inventores da telefonia, Bell é amplamente creditado pela invenção do telefone, patenteado em 1876;Alberto Santos-Dumont: inventor e pioneiro da aviação brasileiro, Santos-Dumont projetou e voou com o 14-Bis em 1906, em um dos primeiros voos de avião do mundo;Tim Berners-Lee: o cientista da computação britânico foi o criador da World Wide Web (www) em 1989. Ao desenvolver o protocolo HTTP e a linguagem HTML, Berners-Lee possibilitou a criação da internet como conhecemos;Ao longo da história, alguns nomes se tornaram símbolos de descobertas que mudaram nossa compreensão do mundo. Um desses exemplos marcou profundamente a física e a matemática. Quer saber mais? Entenda por que Isaac Newton foi tão importante para a ciência. Até a próxima!