Suzano (SUZB3): Genial prevê recuperação no 2T25 e avalia riscos com tarifa dos EUA

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A Genial Investimentos divulgou suas projeções para o desempenho operacional da Suzano (SUZB3) no segundo trimestre de 2025 (2T25). Segundo os analistas, a companhia deve colher frutos de um período de “sacrifício operacional deliberado”.Após ciclos intensos de paradas de manutenção e redução significativa de volume no 1T25, os embarques de celulose devem chegar a 3,1 milhões de toneladas — um aumento de 16% em relação ao trimestre anterior e 20,8% na comparação anual.SAIBA MAIS: Guia gratuito do BTG sobre a temporada de balanços – saiba os destaques das maiores empresas da bolsa no 2º tri de 2025De acordo com a Genial, os embarques representam uma recuperação plena das operações. A receita líquida consolidada deve chegar a R$ 12,5 bilhões, um ganho de 8,8% no trimestre e de 9,49% em relação ao mesmo período do ano anterior.A corretora estimou o impacto da implementação da tarifa de 50% para os produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. Segundo os analistas, cerca de 15% da receita vem de consumidores americanos, portanto este impacto deve ser sentido.O principal desafio consistirá em realocar esses volumes para outros mercados, sobretudo em um momento de baixa da demanda global por celulose — em especial, a demanda chinesa, ainda retraída.Por outro lado, a Genial considera que a aceleração do dólar, que subiu cerca de 2% desde o anúncio tarifário, pode amenizar o efeito sobre a receita da companhia derivada da eventual perda de market share no mercado norte-americano.Corretora projeta valorização da Suzano No mercado global, os preços da celulose de fibra curta (BHKP) devem continuar pressionados, sobretudo pelo excesso de oferta e pelos elevados estoques nos portos chineses.Segundo a Genial, mesmo com alguma expectativa de recuperação ao longo do segundo semestre, a combinação entre aumento de capacidade instalada e demanda ainda fraca limita uma retomada consistente dos preços no curto prazo.Ainda assim, os analistas avaliam que a Suzano entra em uma nova fase operacional, colhendo os benefícios das manutenções concentradas no início do ano, com maior eficiência, custos menores e geração robusta de caixa.O lucro líquido da Suzano deve chegar a R$ 4,8 bilhões, revertendo prejuízo na comparação anual e recuando 23,8% em relação ao 1T25.Apesar da retração, os analistas ressaltam que a tramitação de valores relacionados a variação da dívida, bem como dos derivativos de hedge cambial não possuem efeito caixa.Portanto, a queda de lucro líquido sequencial não deve servir de gatilho negativo para reação de investidores. A casa recomenda compra das ações, com preço-alvo de R$ 63,50, que representa um potencial de valorização de 23% frente o fechamento na última sessão (21).VEJA MAIS: A Super Quarta vem aí – saiba o que esperar das decisões de juros no Brasil e nos EUA com o Giro do Mercado