O gabinete do ex-presidente democrata dos Estados Unidos, Barack Obama, negou nesta terça-feira (22) as acusações de Donald Trump sobre uma suposta tentativa de interferência nas eleições de 2016.“Por respeito ao gabinete da Presidência, o nosso gabinete normalmente não dignifica os constantes disparates e desinformação que fluem desta Casa Branca com uma resposta. Mas estas afirmações são suficientemente ultrajantes para merecerem uma [resposta]. Essas alegações bizarras são ridículas e uma tentativa fraca de distração”, disse Patrick Rodenbush, porta-voz do ex-presidente.O representante do Obama disse que o documento emitido na semana passada pelo Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional não invalida a conclusão de que a Rússia tentou influenciar a eleição americana de 2016, mas que não manipulou nenhuma votação.“Nada no documento divulgado na semana passada compromete a conclusão amplamente aceita de que a Rússia trabalhou para influenciar a eleição presidencial de 2016, mas não manipulou nenhum voto com sucesso”, disse o gabinete de Obama em um comunicado.A diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, havia retirado o sigilo dos documentos e afirmou que, segundo ela, se tratavam de evidências de uma “conspiração de traição” por parte dos funcionários do governo Obama. Leia mais Artigo de opinião no Financial Times chama Trump de “imperador do Brasil” Trump acusa Obama de traição por suposta tentativa de interferir em eleição Governo Trump retira Estados Unidos da Unesco, diz departamento de Estado Na terça-feira (21), Trump declarou sua intenção de “ir atrás das pessoas” pelo que ele diz serem tentativas de interferir nas eleições de 2016, alegando que a Rússia estava tentando influenciar o resultado.“Seja certo ou errado, é hora de ir atrás das pessoas”, disse Trump no Salão Oval, onde recebia o presidente das Filipinas.Investigações abrangentes concluíram que a Rússia tentou interferir na eleição a favor de Trump.No entanto, Trump insistiu que Obama era culpado por seu papel na agência de inteligência, chamando o ex-presidente democrata de “líder da suposta conspiração”.(Com informações da Reuters)