A comitiva de senadores que vai aos Estados Unidos em meio ao “tarifaço” de 50% imposto pelo presidente Donald Trump se reuniu, nesta quarta-feira (23/7), com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e com representantes do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (Mdic).Composta por 4 senadores (leia a lista mais embaixo), a comitiva encabeçada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Nelsinho Trad (PSD-MS), deverá se reunir com integrantes do legislativo norte-americano em Washington D.C. entre os dias 28 e 30 de julho. As tarifas impostas por Trump começam a valer a partir de 1º de agosto. Leia também Brasil Senado define comissão que vai aos EUA negociar tarifaço de Trump Brasil Brasil vai à OMC e reclama de tarifas “arbitrárias” de Trump Mundo Trump diz que reduzirá tarifas a países que abrirem mercado aos EUA Negócios Dólar cai e Bolsa sobe com acordos por tarifas e alívio no Orçamento O grupo não participa diretamente das negociações com a Casa Branca, mas deverá estabelecer o diálogo com congressistas e empresários a fim de estender as relações diplomáticas.Durante a reunião, que foi remota, o chanceler do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) detalhou os esforços da diplomacia brasileira para contornar a crise comercial. A força-tarefa do governo federal é comandada pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin (PSB).Veja quem são:Presidente: Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE)TitularesJaques Wagner (PT-BA), líder do governoTereza Cristina (PP-MS)Fernando Farias (MDB-AL)SuplentesAstronauta Marcos Pontes (PL-SP)Esperidião Amin (PP-SC)Rogério Carvalho (PT-SE)Carlos Viana (Podemos-MG)CRE estipula risco a 2 milhões de empregosA comissão do Senado realizou um estudo que indica que cerca de 1,9 milhão de empregos em 4 estados poderão ser colocados em risco se as tarifas prometidas por Trump forem à frente. Além do agronegócio, as indústrias metalúrgicas, de energia e de celulose serão as mais impactadas.Nos Estados Unidos, a Califórnia, Flórida, Texas e Nova Jersey poderão ter a cadeia produtiva interrompida, segundo o mesmo estudo da CRE. Os 4 estados somam quase US$ 22 bilhões em importações brasileiras em produtos como café, petróleo, ferro, aço, carnes e celulose.