Por quase duas décadas, os smartphones funcionaram praticamente da mesma forma, seja um iPhone da Apple ou um smartphone com o sistema Android do Google: você tem uma grade de aplicativos coloridos que toca para abrir. Mas este ano, Apple e Google finalmente estão tomando caminhos diferentes.O próximo sistema operacional para celular da Apple, o iOS 26, que chega neste outono, inclui uma estética transparente que imita o vidro, fazendo com que apps e botões se misturem ao conteúdo da tela. O Google está fazendo o oposto com seu sistema recém-lançado, o Android 16, que enfatiza cores mais vibrantes e marcantes.Leia mais: iOS 26: Seu iPhone será atualizado? Veja modelos que ficarão de fora do novo sistemaEssas são apenas mudanças cosméticas que podem representar o início de uma divisão maior entre iOS e Android. O Google também está investindo fortemente na integração do Gemini, seu chatbot de IA, para automatizar tarefas como escrever e-mails, editar fotos e criar listas de compras. Em contraste, a Apple lançou um pequeno conjunto de recursos de IA e adiou a estreia de uma versão reformulada da Siri por causa de desafios técnicos, focando em deixar sua interface de software mais bonita.O que isso significa para você, consumidor, é que sua experiência tecnológica pode variar drasticamente dependendo do tipo de celular que comprar nos próximos anos. Com o Google mergulhando fundo em IA, os usuários de Android terão celulares que exploram seus dados para realizar muitas tarefas — mas se eles vão gostar disso ainda é uma questão em aberto. Usuários de iPhone terão um software visualmente agradável com um acabamento extra, que é mais do mesmo.Aqui estão os destaques do que vai mudar em nossos smartphones com a iminente chegada do iOS 26 e do Android 16.Os apps do iPhone estão desaparecendo, e o Android está ficando mais vibranteQuando a Apple revelou o iOS 26 — adotando um novo esquema de numeração baseado no ano fiscal em que estará disponível — em uma conferência de software no mês passado, anunciou uma nova interface chamada Liquid Glass, referindo-se a uma estética translúcida que imita o vidro. Por exemplo, um ícone de app ou botão pode mudar sua aparência para se adaptar à iluminação e às cores da foto atrás dele. A Apple está aplicando essa estética de vidro também em outros dispositivos, como iPads e Macs, para tornar a experiência mais consistente em seu ecossistema.Em contraste, na conferência de software do Google em maio, a empresa revelou o novo design do Android 16, chamado Material 3 Expressive, que faz a tela do seu celular parecer uma arte pop. Você pode escolher um tema de cor para mudar o visual geral da interface — um tema roxo inclui janelas de apps cor de rosa, texto ameixa e botões violeta escuro, por exemplo. O Google disse que o objetivo é criar uma conexão emocional maior dos usuários com o Android.Leia mais: Do iOS 18 para o iOS 26: Apple vai reformular nomenclatura do sistema operacionalNo entanto, essas reformulações de design parecem uma distração da verdadeira transformação que está acontecendo nos nossos celulares, impulsionada pela IA.Google tenta fazer do Gemini o app matador do AndroidComo seu antecessor, o Android 16 traz o Gemini, com o qual os usuários podem interagir por voz ou texto para facilitar tarefas no celular.Nos últimos anos, o Google expandiu o Gemini para controlar vários softwares, incluindo seu app de anotações, Google Maps e YouTube. O chatbot é baseado em inteligência artificial generativa, tecnologia que usa modelos complexos de linguagem para prever quais palavras pertencem juntas.Isso permite que usuários do Android segurem o botão de energia do celular para chamar o Gemini e falem no microfone para pedir coisas como:Gerar uma lista de compras para guacamole no app de notas.Consultar quanto tempo leva para caminhar até um cinema local.Gerar uma lista de ingredientes a partir de um vídeo de culinária que estão assistindo no YouTube.Em outras palavras, embora a parte mais chamativa do Android 16 seja sua interface colorida, a verdadeira força motriz do Android está se mostrando o Gemini.Apple ainda está correndo atrás na IANo iOS 26, a Apple está expandindo sua IA, chamada Apple Intelligence, que estreou no ano passado, com novos recursos como tradução automática de idiomas e a capacidade de fazer buscas na web usando dados de uma captura de tela — ferramentas que usuários de Android já têm há algum tempo.As traduções em tempo real podem funcionar dentro de alguns apps de comunicação da Apple, como Mensagens e FaceTime. Em uma chamada FaceTime com um parente falando seu idioma nativo, por exemplo, você pode ver uma legenda traduzida em um balão na tela. (O Google lançou uma ferramenta similar em 2021.)O novo software do iPhone também usa IA para facilitar tarefas com informações de uma captura de tela. Por exemplo, se você fizer uma captura de tela de um site com data e hora de um show, aparecerá uma sugestão para adicionar o evento ao seu calendário. Ou se fizer uma captura de tela de uma bolsa que está procurando, pode tocar em um botão para fazer uma busca na web por bolsas parecidas. (Isso é parecido com a ferramenta Circle to Search do Google, que permite aos usuários do Android desenhar círculos em objetos para fazer buscas por imagem. Muitos usuários consideram a função um truque, pois raramente é útil.)Quanto à Siri, a Apple deveria lançar uma versão reformulada da assistente virtual com IA para rivalizar com o Gemini do Google nesta primavera, mas os planos foram adiados indefinidamente após testes internos mostrarem que ela erra em quase um terço dos pedidos. Por enquanto, os usuários podem conversar com a Siri tradicional e redirecionar algumas solicitações para o popular chatbot ChatGPT, da OpenAI.(O New York Times processou a OpenAI e sua parceira Microsoft, alegando violação de direitos autorais de conteúdo jornalístico relacionado a sistemas de IA. As duas empresas negaram as acusações.)O que tudo isso significaTodas as grandes empresas de tecnologia de consumo estão redesenhando seus produtos para incluir novas tecnologias de IA no software que usamos diariamente, e todas essas ferramentas ainda cometem muitos erros.Em outras palavras, não há pressa para entrar nessa onda. Mas, nesse ritmo, os usuários de Android vão experimentar antes dos donos de iPhone como é ter um celular com IA — um dispositivo que usa seus apps para você.c.2025 The New York Times CompanyThe post Como o iOS 26 da Apple e o Android 16 do Google vão mudar nossos celulares appeared first on InfoMoney.