Medidas contra Bolsonaro: crise política, tensões nos mercados e escalada geopolítica

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Sexta-feira (18) foi um dia emblemático – não no sentido positivo do termo –, mas pelas medidas impostas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, tais como restrição de comunicação, inclusive com o seu filho, e uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. As medidas cautelares não são relacionadas ao processo da trama golpista, mas ao fato de seu filho, Eduardo Bolsonaro, supostamente ter interferido na decisão de Trump em taxar o Brasil em 50%, em troca da absolvição de seu pai, conforme exigiu Donald Trump. Chama a atenção o rigor das decisões, e o fato da medida não se direcionada somente a Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA próximo de Trump, mas ao seu pai, que está aqui no Brasil. Não à toa, muitos juristas têm apontado o exagero da medida e a fragilidade da fundamentação jurídica. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp De qualquer modo, as ações cautelares trouxeram impactos negativos no mercado financeiro, com a leitura de que a guerra comercial poderá escalar ainda mais. No programa 3 em 1 da Jovem Pan, havia dito que a tarifa de 50% não mudaria o curso do julgamento de Bolsonaro; pelo contrário, o Poder Judiciário dobraria a aposta.Da mesma maneira, acredito que, agora, Trump vai dobrar a aposta, seja para não demonstrar fraqueza, seja para aproveitar a oportunidade e elevar o preço da negociação para alcançar seus objetivos.  Hoje, foi o dia que as ações cautelares mexeram com os mercados, geraram crise política e escalaram as tensões geopolíticas. Como disse uma Eduardo Cunha: “que Deus tenha misericórdia dessa nação”.  Leia também A lambança do IOF