Temporada de balanços do 2T25 ganha destaque: veja ações e setores para ficar de olho

Wait 5 sec.

A temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) ganha força, com a divulgação dos números no Brasil se concentrando entre o fim de julho e meados de agosto. Para o Morgan Stanley, olhando para a América Latina, a expectativa é de que as empresas brasileiras apresentem resultados fracos em dólares, com queda de 1% da receita na comparação anual, queda de 11% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e crescimento de 31% nos lucros (-1% excluindo Petrobras PETR3;PETR4).O Santander espera, em reais, um aumento médio de cerca de 9% na receita líquida, uma queda de aproximadamente 1% no Ebitda e um crescimento de cerca de 58% no lucro líquido para o 2º trimestre de 2025 (2T25), todos na comparação anual. Para os setores domésticos, estima aumentos médios (anualmente) de cerca de 11% na receita líquida, 14% no Ebitda e 5% no lucro líquido.Durante o período, a economia brasileira manteve-se resiliente, embora com sinais de desaceleração, avalia a equipe de estratégia do banco. Após crescimento do PIB de 1,4% no 1T25 (impulsionado pelo forte desempenho do setor agrícola), a equipe macro do Santander espera expansão de 0,4% no 2T25.Leia tambémVALE3: minério acima de US$ 100 e ações em alta; dias bons para a Vale vão continuar?Analistas destacam aumento do interesse da mineradora e veem movimentos de curto e médio prazos positivos para companhiaO trimestre também foi marcado pelo fim do ciclo de alta da taxa Selic. Em 18 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 15%, sinalizando que os juros devem permanecer elevados nos próximos meses. A continuidade da política monetária restritiva reforça a perspectiva de desaceleração gradual da economia brasileira ao longo do segundo semestre de 2025.No cenário global, o 2T25 foi marcado por incertezas geopolíticas, com tensões no Oriente Médio e mudanças nas dinâmicas do comércio mundial deixando investidores apreensivos. Embora o anúncio mais significativo — a proposta de tarifa de 50% dos EUA sobre importações brasileiras — tenha ocorrido no início de julho, isso adicionou um elemento de aversão ao risco nos mercados locais, apesar do impacto macroeconômico parecer limitado até o momento.“Durante a temporada de resultados, monitoraremos de perto o sentimento corporativo nas teleconferências para entender se as empresas já começam a perceber sinais de desaceleração econômica e como isso tem afetado seus resultados”, aponta o Santander. Além disso, também acompanha os possíveis impactos negativos nas empresas sob a sua cobertura causados pelas tarifas propostas pelos EUA sobre produtos brasileiros, embora espere que esses efeitos sejam limitados e concentrados em poucos nomes.Já o Bradesco BBI prevê que, com juros mantidos em patamar restritivo de 15%, haverá desaceleração da atividade econômica no segundo semestre de 2025 (2S25). Contudo, essa desaceleração ainda não se materializou completamente no segundo trimestre.O banco espera crescimento de 14% nos lucros domésticos em relação ao ano anterior, desacelerando levemente em relação aos 16% do primeiro trimestre de 2025 (1T25). Nomes-chave a serem observados nos próximos dias incluem Ambev (ABEV3; 31 de julho), Vale (VALE3; 31 de julho), BB Seguridade (BBSE3; 5 de agosto) e Embraer (EMBR3; 5 de agosto). Para os estrategistas do BBI, os resultados serão cruciais para definir o tom para o restante do ano.Saiba mais: Confira o calendário de resultados do 2º trimestre de 2025 da Bolsa brasileiraPara Malek Zein, analista de ações da Eleven Financial, em uma perspectiva macro, o último trimestre refletirá, em parte, um cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) observado nos últimos três anos. Esse crescimento foi, em grande medida, impulsionado por gastos públicos e expansão do crédito.Zein ressalta que houve resultados positivos desde o ano anterior, especificamente a partir de 2024. “Acreditamos que o segundo trimestre ainda demonstra essa tendência, com uma possível desaceleração a partir do terceiro trimestre, conforme indicam os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e as informações sobre o varejo. Antecipamos, portanto, uma temporada de resultados ainda favorável, embora a atenção do mercado já se volte para 2026 e 2027, períodos em que se projeta uma performance menos positiva. Essa expectativa está alinhada com o aumento das taxas de juros”, avalia. Destaques setoriais e de açõesO lucro por ação (EPS) do MSCI Brasil deve crescer 36% ano a ano, apontam os estrategistas do BBI. Devido à fraca temporada de resultados do setor de petróleo e gás no 2T24 — impactado por eventos pontuais da Petrobras (PETR4) — e à fraqueza nos Industriais, espera-se que esses setores apresentem o crescimento anual mais forte. No setor financeiro, diz o BBI, o destaque deve ser o BTG Pactual (BPAC11), impulsionado pelo sólido desempenho em banco e vendas & trading. Entre os bancos, Itaú (ITUB4) e Nubank (BDR: ROXO34) devem mostrar tendências positivas, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) deve continuar sofrendo com a deterioração da qualidade dos ativos. Para adquirentes, apesar da desaceleração no crescimento do volume total processado (TPV), estratégias comerciais aprimoradas podem ajudar a compensar a desaceleração. No varejo de alimentos, as tendências suaves de vendas mesmas lojas (SSS) devido a condições macroeconômicas mais difíceis e maior competição provavelmente resultarão em lucros moderados. Por outro lado, o setor de vestuário deve apresentar forte crescimento nos lucros, com destaque para a (CEAB3), graças a um robusto aumento de 17,5% nas vendas mesmas lojas.No setor de commodities, o Santander espera que as siderúrgicas brasileiras apresentem resultados trimestrais modestos no 2T25, com preços do aço em tendência de queda, parcialmente compensados por volumes estáveis e algum alívio nos custos. Para as mineradoras, prevê resultados trimestrais mais fracos, principalmente devido à queda nos preços realizados, mas com compensação por recuperação de volumes, redução de custos e ganhos de eficiência. Na comparação anual, projeta queda média de 26% no Ebitda do setor de mineração.Veja também: Vale, Usiminas, CSN ou Gerdau: qual deve sair melhor na temporada de balanços do 2T?A XP prevê um trimestre relativamente melhor para a Gerdau (GGBR4), impulsionado pelo melhor desempenho da unidade de negócios (BD) da América do Norte, embora o BD do Brasil deva enfrentar pressão de preços mais baixos e custos mais altos. Já a Usiminas (USIM5) aparece como um destaque negativo, dada a condição desafiadora no mercado de aço no Brasil. Para as mineradoras, a XP vê preços de referência de minério de ferro de pureza 62% mais fracos, esperando assim que a Vale (VALE3) e a CSN Mineração (CMIN3) registrem menor rentabilidade trimestralmente, apesar dos volumes de vendas sazonalmente mais altos.Para as empresas de papel e celulose, o Santander espera resultados trimestrais neutros, dado o declínio de 4% nos preços da celulose na China no trimestre (-23% ano a ano), refletindo vendas mínimas em abril após o “Dia da Libertação”, quando Trump anunciou as tarifas “recíprocas”. Por outro lado, os volumes de vendas melhoraram no final do trimestre, acompanhados de ligeira redução de custos e resultados sólidos no segmento de papel. Em média, projeta Ebitda estável na comparação anual.A XP espera, embora os preços da celulose tenham caído no 2T25, resultados resilientes das empresas expostas à celulose e embalagens (embora alguma desvantagem seja esperada para o 3T25, dados os atuais níveis de preços da celulose). Para a Suzano (SUZB3), projeta volumes de vendas de celulose mais fortes (não afetados por paradas de manutenção neste trimestre), preços de celulose realizados ligeiramente mais altos e custos mais baixos, levando a um aumento no Ebitda de 19% trimestralmente. A Klabin (KLBN11) deve apresentar melhora no Ebitda (+13% ante 1T25), sustentada pelo aumento dos volumes de celulose e melhor desempenho de papel e embalagens, principalmente devido aos maiores volumes trimestrais de caixas de papelão ondulado e kraftliner.No setor de petróleo e gás, o Santander observa que a queda de 12% nos preços do petróleo em dólar no 2T25 (-13% em real), e o desempenho operacional das empresas de exploração e produção/Petrobras também piorou na comparação anual, exceto a Brava (BRAV3), que aumentou a produção com a entrada em operação do FPSO Atlanta. Na distribuição de combustíveis, os resultados apontam para serem mais fracos devido a perdas de estoques após cortes de preços da Petrobras no 2T25, mas espera que: (i) o impacto no Ebitda seja compensado pela incorporação da Comerc na Vibra e da Hidrovias (HBSA3) na Ultrapar (UGPA3); e (ii) haja uma liberação significativa de capital de giro devido à queda nos preços dos combustíveis no trimestre.“Em nossa visão, a Brava [BRAV3] deve ser o destaque do setor no 2T25, dado o desempenho operacional e financeiro positivo a partir do 2T25, enquanto os resultados mais fracos da Braskem [BRKM5] podem decepcionar alguns investidores”, aponta o Santander. No setor bancário, o Santander projeta que o Bradesco (BBDC4) reporte lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões no 2T25, alta de 26% na base anual e leve crescimento trimestre a trimestre, com ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Médio) de 14,5%, alinhado ao consenso do Visible Alpha. O banco mantém visão construtiva sobre o Bradesco, mas recomenda moderação no entusiasmo antes do 2T25, não por expectativas negativas, mas porque acredita que os resultados dificilmente impulsionarão um novo rali forte como o do 1T25. Para o Itaú (ITUB4), espera mais um trimestre saudável, com lucro líquido recorrente de R$ 11,4 bilhões no 2T25, praticamente em linha com o consenso, implicando crescimento de 13% ano a ano. “Prevemos desaceleração no crescimento dos empréstimos, principalmente devido ao impacto do câmbio e não a preocupações com qualidade de ativos. Esperamos que a inadimplência acima de 90 dias aumente apenas ligeiramente trimestralmente, devido ao efeito sazonal observado no 1T25”, avalia.Já a Eleven Financial antecipa um aumento da inadimplência, tendência já observada no primeiro trimestre. O Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar o desempenho menos favorável, enquanto o Itaú e o BTG devem manter resultados positivos. “O ABC Brasil [ABCB4], que apresentou resultados menos promissores no primeiro trimestre, pode demonstrar alguma melhora, estando, em nossa análise, negociado a um preço atrativo, sendo nossa preferência entre os bancos de nicho”, avalia o analista. A XP também vê o trimestre como uma continuação das tendências observadas no 1T, mas com alguns sinais do início do crescimento nos níveis de inadimplência. Ainda se espera que as carteiras de empréstimos cresçam acima das faixas do guidance, mas é provável que desacelerem mais acentuadamente do que o previsto, podendo terminar 2025 na ponta inferior das projeções. Paralelamente, estima um aumento na inadimplência, impactada pelo ambiente de altas taxas de juros. A Margem Líquida de Juros (NII) de Clientes deve se beneficiar do menor custo de financiamento, compensando o NII de Mercado ainda pressionado. “Por fim, esperamos tendências saudáveis em tarifas, seguros e despesas, levando a um crescimento sequencial no lucro líquido e ROEs [retorno sobre patrimônio líquido] para ITUB4 e BBDC4, enquanto o SANB11 pode apresentar alguma pressão no trimestre”, avalia. Em suma, espera uma temporada de resultados saudável para a parte privada dos bancos incumbentes em nossa cobertura.No varejo, após os fortes resultados do 1T25 que impulsionaram o setor, o Santander acredita que o 2T25 será um teste para verificar se as melhorias recentes são sustentáveis e se há sinais de desaceleração do consumo. Ainda espera que a maioria das empresas apresente crescimento sólido de receita e expansão de margens no 2T25. “Em nossa visão, os destaques serão Renner [LREN3]/C&A [CEAB3], Vivara [VIVA3] e Pague Menos [PGMN3], enquanto RD Saúde [RADL3], Grupo SBF [SBFG3] e Magazine Luiza [MGLU3] devem enfrentar trimestres mais difíceis”, avalia o banco.A Eleven prevê desempenho positivo, sendo provavelmente o último em um setor sensível a juros. “Esperamos bons números da C&A, mas com expectativas já precificadas. Nossa preferência recai sobre a Vivara, que deve apresentar resultados sólidos, com crescimento de receita de dois dígitos e aumento significativo de lucro”, aponta.A XP também projeta uma temporada mais branda no 2º trimestre, principalmente devido a dinâmicas específicas das empresas, já que a demanda permanece sólida. No setor de bens de consumo discricionários, os players de baixa e média renda devem continuar em destaque, enquanto esperamos tendências mistas entre os players de alta renda. No e-commerce, o Mercado Livre (BDR: MELI34) deve aumentar os investimentos em crescimento, enquanto Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) continuam focados em margens. Leia tambémEmbraer (EMBR3) tem recorde de pedidos no 2º tri de 2025, para US$ 29,7 bilhõesA companhia aeroespacial afirmou que esse foi o maior nível já registrado na história“No varejo de alimentos, esperamos tendências semelhantes às do 1º trimestre, com a expansão das margens como principal destaque. Por fim, as farmácias regionais devem continuar apresentando resultados fortes”, aponta a XP. Assim, no geral, vê Track&Field (TFCO4), farmácias regionais e vestuário de renda média como os destaques desta temporada, com Alpargatas (ALPA4) e Renner como potenciais surpresas positivas, enquanto RD Saúde, SBF, MGLU3 e PCAR3 devem ser os pontos negativos.No setor de tecnologia e telecomunicações, o Santander espera que a TIM (TIMS3) reporte desaceleração, com crescimento mais fraco da receita definindo o tom geral do 2T25. A projeção da equipe de estratégia é de receita líquida de R$ 6,6 bilhões para a TIM no 2T25, crescimento de 4,9% ano a ano. No segmento móvel, projeta crescimento de 5,6% anualmente na receita média por assinante (MSR), desacelerando em relação aos 6,2% do 1T25, principalmente devido a comparações difíceis. Por outro lado, espera que a Totvs apresente resultados robustos no 2T25, mantendo a tendência de crescimento saudável da receita e expansão de margens observada no 1T25. “Projetamos receita líquida consolidada (incluindo 50% da techfin) de R$ 1,5 bilhão, crescimento de 17% ano a ano”.Em construção civil, a Eleven espera um trimestre positivo, impulsionado por fatores como o crescimento do PIB e a expansão do crédito. Empresas como Cyrela (CYRE3), Eztec (EZTC3) e MRV (MRVE3) deverão apresentar resultados robustos, com expectativas de lucros e dividendos recordes, o que torna o setor atrativo para investimentos. Na área de baixa renda, destaca a Plano & Plano (PLPL3) e a Tenda (TEND3).A XP espera que a Cyrela, a Moura Dubeux (MDNE3) e a Lavvi (LAVV3) sejam os destaques da temporada, impulsionados por sólidos resultados operacionais. A Cyrela deve apresentar um crescimento de 8% no lucro líquido anualmente, apoiado por um reconhecimento de receita a apropriar e margens sólidas. A Moura Dubeux deve alcançar uma expansão de 39% na base anual no lucro líquido, impulsionada por maior receita de torna financeira e de consultoria imobiliária com o avanço das adesões, além de níveis elevados de margem bruta. A Lavvi deve registrar um crescimento de 81% no lucro líquido em relação ao ano anterior, apoiado por receitas líquidas robustas (+63% ano a ano), margens sólidas e aumento da equivalência patrimonial.No setor industrial e de bens de capital, a Eleven antecipa resultados poucos favoráveis, tendência já observada no primeiro trimestre. Empresas como Randoncorp (RAPT4), Taurus (TASA4) e Tupy (TUPY3) devem apresentar os piores resultados, enquanto Marcopolo (POMO4) e JSL (JSLG3) podem reportar resultados positivos.A XP também vê a Marcopolo como destaque positivo em sua cobertura, enquanto os resultados da Randoncorp, Kepler Weber (KEPL3) e Tupy (TUPY3) ainda estão sob pressão. Para a Marcopolo, espera melhores volumes (notadamente exportações) e um mix de maior valor agregado para impulsionar o crescimento sequencial da receita e a expansão da margem (+2 pontos percentuais, p.p., na base trimestral). Para a WEG, após alguns trimestres de perda de lucros, nota expectativas mais fundamentadas, com as vendas de T&D (Transmissão & Distribuição) devendo continuar sendo o principal impulsionador da receita. Sobre a Embraer (EMBR3), espera que as discussões sobre tarifas sejam o centro das atenções no 2T25, com os investidores buscando mais detalhes sobre os potenciais impactos diretos e indiretos para a empresa, a visão da empresa sobre a manutenção das tarifas (ou não) e os potenciais fatores atenuantes do ponto de vista micro.Para o setor de saúde, a XP projeta que as empresas de saúde apresentem resultados mistos no 2T25, com os principais destaques sendo: (i) as empresas devem continuar aumentando os preços, com melhorias no índice de sinistralidade de SulAmérica, da Rede D’Or (RDOR3), enquanto a Hapvida (HAPV3) deve registrar uma sinistralidade estável (proforma); e (ii) a pressão de margem operacional da Rede D’Or deve melhorar sequencialmente devido a maiores taxas de operacionalização, embora a base de comparação difícil ainda seja um obstáculo. “No geral, esperamos que a RDOR3 seja o destaque entre as duas nesta temporada de resultados”, reforça. Para as teles, o Bradesco BBI espera que as empresas de telecomunicações reportem resultados sólidos – especialmente a Vivo (VIVT3) –mas amplamente alinhados com o consenso. “Continuamos a ver as empresas de telecomunicações como ações defensivas atrativas, com resultados sólidose bons dividendos, reafirmando a nossa visão construtiva sobre o setor”, aponta. Sobre a Vivo, as tendências operacionais devem permanecer positivas no 2T25, com crescimento de receita de 6,5% em base anual, crescimento de Ebitda de 8,3% em base anual e nível de investimento bastante estável. Já para a TIM (TIMS3), estima que os resultados operacionais da TIM devam permanecer bons no 2T25, com crescimento de receita de 4,9% em base anual, crescimento de Ebitda de 5,9% em base anual e nível de investimento bastante estável. “Embora os números impliquem uma desaceleração em relação ao 1T25, isso é principalmente resultado de efeitos de calendário que impulsionaram o resultado passado, não implicando qualquer fraqueza estrutural”, aponta. Por fim, sobre o setor de energia e saneamento, a XP espera que: (i) geração eólica e solar ainda seja afetada por restrições durante o trimestre; (ii) empresas geradoras com reflexo de custos de energia mais altos, já que os preços spot (à vista) apresentaram perfil volátil nos submercados; (iii) preços de energia elevados, que devem gerar resultados incrementais positivos para empresas com saldo de energia não contratado; e (iv) consumo resiliente de água e energia, apesar das temperaturas amenas no trimestre.Leia tambémTotvs (TOTS3) adquire empresa de software Linx, da Stone, por R$ 3 bilhõesOperação envolve parte do negócio de software da Linx e será financiada com recursos próprios e dívida a ser contratadaPara distribuição, projeta resultados positivos para o segmento, principalmente impulsionados pela maior atividade econômica. O trimestre é caracterizado por temperaturas amenas e comparações difíceis ano a ano, que contribuem para volumes estáveis nas empresas. Já para geração, projeta números mistos, influenciados pela volatilidade dos preços de energia e efeitos sazonais. “Essa perspectiva pode ser parcialmente impactada pelo aumento dos custos de energia decorrente das restrições contínuas nas usinas intermitentes. Além disso, a alta nos preços de energia deve gerar resultados incrementais positivos para empresas com saldos de energia não contratados”, avalia. Para transmissoras, as empresas devem apresentar Ebitda estável em relação ao trimestre anterior.The post Temporada de balanços do 2T25 ganha destaque: veja ações e setores para ficar de olho appeared first on InfoMoney.