Bessent discutirá com autoridade da China prorrogação do prazo de tarifas

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse nesta terça-feira (22) que se reunirá com seu colega chinês na próxima semana e discutirá o que provavelmente será uma prorrogação do prazo de 12 de agosto para tarifas mais altas.Bessent disse à Fox Business que o comércio com a China está em “uma situação muito boa” e que reuniões em Estocolmo acontecerão na próxima segunda e terça-feira.“Acho que, na verdade, passamos para um novo patamar com a China, em que o diálogo é muito construtivo e podemos — e vamos poder — fazer muitas coisas, agora que o comércio se estabeleceu em um bom nível”, disse Bessent. Leia Mais Empresas ficam sem tempo de "evitar tarifas" e corrida da exportação acaba Governo e empresários gestam comitiva aos EUA para negociar tarifas Conheça John – e veja como o tarifaço ao Brasil afeta Johns e Marys nos EUA Embora uma trégua tarifária anterior tenha se concentrado em reiniciar o fluxo de metais de terras raras da China e de software e materiais semicondutores dos EUA, Bessent disse que, em Estocolmo, autoridades do governo Trump discutiriam outras questões, incluindo a redução da dependência excessiva da China na manufatura e nas exportações.“Espero que possamos ver os chineses reduzirem parte desse excesso de produção que estão realizando e se concentrarem na construção de uma economia de consumo”, disse Bessent.Ele afirmou que também quer alertar a China sobre a continuação da compra de petróleo russo e iraniano e sobre os esforços do país asiático para ajudar os russos na guerra contra a Ucrânia.Bessent disse que havia apoio bipartidário no Senado dos EUA para uma legislação que visa impor tarifas de 100% sobre produtos de países que continuam comprando petróleo russo, como China e Índia.“Entrarei em contato com meus colegas europeus. Os europeus têm falado muito sobre sancionar a Rússia, e será muito importante que eles também estejam dispostos a impor essas tarifas secundárias elevadas ao petróleo russo sancionado.”O secretário disse ainda que os EUA estão prestes a anunciar “uma série de acordos comerciais” com outros países, e o Japão poderia estar entre eles, apesar do revés eleitoral do partido governista japonês e das negociações difíceis.“Eu não ficaria surpreso se não conseguíssemos resolver algo com o Japão rapidamente”, acrescentou.No entanto, ele disse que, para a maioria dos países, as tarifas retornariam aos níveis de 2 de abril, em relação aos atuais 10%, mas as negociações sobre acordos comerciais poderiam continuar.Como a economia brasileira deve ser afetada com o tarifaço de Trump?