“Nós não somos um puxadinho dos EUA”, diz Edinho, presidente do PT

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O novo presidente eleito do PT (Partido dos Trabalhadores), Edinho Silva, afirmou nesta terça-feira (23) que o presidente norte-americano Donald Trump, trata o Brasil como um “puxadinho” dos Estados Unidos. Na visão dele, tarifas anunciadas de 50% sobre produtos brasileiros são a resposta de uma postura autoritária dos EUA em relação ao governo Brasileiro.“É um nível de ingerência política no nosso funcionamento, nas nossas instituições, a gente não pode aceitar. Eu acho que o governo reagiu na defesa da soberania nacional, nós não somos um puxadinho dos EUA. Nós somos um país, nós somos uma nação, nós somos um povo. Temos que ser respeitados enquanto país” disse em entrevista à CNN. Leia Mais PL espera Moraes para definir estratégia nas redes sociais Governo defende trabalho de “bastidor” para negociar tarifaço com EUA Tarifaço: comitiva “esconde” reuniões com EUA temendo atuação de Eduardo Em carta publicada por Trump anunciando a taxação, ele também defendeu o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) e afirmou “ser uma vergonha internacional”, o processo que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga um suposto plano de golpe de Estado depois das eleições de 2022.Edinho rebateu afirmando que o governo americano quer interferir no judiciário brasileiro e que essa postura é “destrutiva” para a economia mundial.“Eu não tenho nenhuma dúvida que o governo americano quer interferir no judiciário brasileiro, na legislação brasileira, no direito do Brasil regulamentar suas redes sociais. É um nível de ingerência política no nosso funcionamento, nas nossas instituições, a gente não pode aceitar”, afirmou. O novo presidente do PT ainda afirmou que as medidas anunciadas pelo governo americano vem em meio ao incômodo da participação do Brasil nos Brics. O Rio de Janeiro foi, em julho, a sede que reuniu líderes mundiais da cúpula. No evento, Lula defendeu o fortalecimento do comércio multilateral e defendeu a união dos países emergentes.“Eu não tenho nenhuma dúvida que o que move o governo Trump é o Brasil participar dos Brics, é o Brasil ter sediado no Rio de Janeiro a última reunião dos Brics, inclusive sinalizando de uma ampliação dessa organização comercial. É uma postura autoritária dos EUA em relação ao Brasil, como se o Brasil não tivesse o direito de se organizar economicamente”, concluiu Edinho.