A justiça americana recusou pedido para divulgar documentos adicionais do grande júri a respeito da investigação criminal que envolve o empresário Jeffrey Epstein, morto em 2019 e acusado de exploração sexual de menores.Na decisão, Robin Rosenberg, juíza federal da Flórida, afirmou que, como o Departamento de Justiça havia solicitado que as evidências sigilosas fossem divulgadas devido ao “amplo interesse público” e não como parte de um processo judicial — o padrão geralmente aplicado pelos juízes nesses casos —, suas “mãos estão atadas”.A liberação dos arquivos é de interesse do presidente Donald Trump. Ele pediu na semana passada que a Procuradora-Geral Pam Bondi apresentasse moções judiciais das evidências até então secretas. Leia também Mundo Trump foi informado em maio que aparecia nos arquivos de Epstein Artigos Wall Street Journal revela carta de Trump pra Epstein (Pedro Guerreiro Mundo Após ataques de apoiadores, Trump diz que lista de Epstein é “farsa” Mundo Caso Epstein vira problema para Trump com base de apoiadores, os MAGA Trump tem sido criticado por correligionários e legisladores bipartidários, sobretudo após reportagem do Wall Street Journal revelar que o mandatário americano enviou carta de aniversário pelos 50 anos de Epstein em 2003 com imagem de mulher nua. Ele nega ter feito a remessa e processou o jornal de Rupert Murdoch.De acordo com a CNN, o depoimento do grande júri que o departamento busca liberar, no entanto, é apenas uma pequena parte dos milhares de documentos relacionados à investigação e ao processo criminal de Epstein. Muitos desses documentos já estão sob custódia do Departamento de Justiça e podem não ter sido apresentados ao júri.Como o processo do grande júri ainda está em sigilo, Rosenberg ordenou que um novo caso fosse aberto como “uma questão de interesse público”, tanto com o pedido do Departamento de Justiça quanto com sua ordem de negação.