5 animais que vivem em condições extremas

Wait 5 sec.

A vida selvagem costuma surpreender pela diversidade, mas poucos se dão conta de como alguns animais enfrentam situações que nenhum ser humano suportaria. Enquanto sentimos desconforto com o frio ou calor intensos, há espécies que prosperam em ambientes onde a sobrevivência parece impossível.Pensando nisso, a seguir listamos 5 animais que conseguem sobreviver às condições mais extremas do nosso planeta.5 animais que vivem em condições extremasTardígradoPeixe-bolhaCameloDiabo-espinhosoPinguim-imperadorTardígrado(Imagem: Oleh Liubimtsev / Shutterstock.com)Esse bicho microscópico é um absurdo de resistente. Invertebrado, com corpo segmentado e oito patas com garras, o tardígrado tem uma aparência que lembra a de um pequeno urso inflável, o que explica seu apelido: “urso-d’água”. Ele mede entre 0,1 e 0,5 milímetro de comprimento, sendo visível apenas com o auxílio de um microscópio.Esse animal pode sobreviver aos mais diversos tipos de ambientes, mas se destaca justamente por resistir a condições que destruiriam quase todas as formas de vida conhecidas.Para se ter uma ideia, o tardígrado pode sobreviver a temperaturas inferiores a -200 °C e superiores a 150 °C. Além disso, consegue resistir à radiação, à falta de oxigênio, à desidratação completa e até ao vácuo do espaço.A explicação para tanta resistência está na criptobiose, estado em que o tardígrado desidrata quase por completo e seu metabolismo praticamente se interrompe. Assim, ele consegue suportar condições extremas até que o ambiente volte ao normal.Peixe-bolhaPeixe-Bolha (psychrolutes marcidus). Imagem: Kerryn Parkinson (NORFANZ Fouding Parties) / DivulgaçãoEsse peixe esquisitão ganhou fama mundial principalmente por sua aparência incomum. Em 2013, o peixe-bolha foi eleito o animal mais feio do mundo em uma votação da Ugly Animal Preservation Society. No entanto, a aparência “incomum” dele pode ser explicada pela forte diferença de pressão entre seu habitat natural, nas profundezas do oceano, e a superfície.O peixe-bolha vive a mais de mil metros de profundidade, onde a pressão é altíssima e a luz quase não chega. Seu corpo gelatinoso e sem ossos rígidos o ajuda a suportar a pressão intensa e a flutuar com pouco esforço.Outra curiosidade sobre ele: o peixe-bolha não nada ativamente. Ele permanece quase imóvel, esperando que pequenos crustáceos passem por perto para se alimentar.CameloImagem: Harshal Sathe/ShutterstockEstamos acostumados a ver o camelo em filmes e desenhos animados enfrentando o deserto sem dificuldades. Porém, você já parou para pensar na verdadeira dimensão deste feito? Sobreviver em um ambiente tão árido exige habilidades únicas.O camelo pode passar dias sem beber água, graças à capacidade de regular sua temperatura corporal e reduzir a perda de líquidos. E, aliás, ao contrário do que muita gente pensa, a corcova do camelo não armazena água! Na verdade, ela guarda gordura, que pode ser transformada em energia quando necessário. As narinas que se fecham, os cílios espessos e os cascos adaptados à areia são outras adaptações que permitem esse animal a enfrentar longas jornadas em regiões desérticas.Leia maisQual animal tem a melhor visão? Descubra os 8 bichos com os olhos mais poderososPor que o tubarão-martelo tem cabeça no formato de martelo?6 animais que foram obrigados a se adaptar aos centros urbanosDiabo-espinhosoMoloch horridus, o diabo-espinhoso. (Imagem: anjahennern/Shutterstock)Outro animal que consegue resistir à extrema aridez do deserto é o diabo-espinhoso. Nativo de regiões áridas da Austrália, esse pequeno réptil possui um corpo coberto por escamas pontiagudas que lembram espinhos. Essas estruturas ajudam a proteger o animal contra predadores e também colaboram para a camuflagem no ambiente seco. Além disso, as escamas formam sulcos que captam a umidade do orvalho, da chuva ou do solo e a canalizam até a boca, permitindo que o diabo-espinhoso se hidrate mesmo em locais onde a água é escassa. Para completar, o réptil regula sua temperatura corporal, suportando as variações térmicas extremas entre o dia e a noite do deserto. Essas adaptações garantem a sobrevivência do diabo-espinhoso em um dos ambientes mais difíceis do planeta.Pinguim-imperador(Imagem: Dennis Stogsdill/Shutterstock)Além de conseguir sobreviver ao rigor do inverno antártico com adaptações especiais, o pinguim-imperador também utiliza um fator essencial: a cooperação.Esses animais enfrentam temperaturas inferiores a -50 °C e ventos de até 200 km/h. Para conservar o calor, possuem uma camada densa de penas impermeáveis e uma espessa camada de gordura sob a pele.Além disso, esse pinguim adota um comportamento social importante para viver nesse ambiente. Eles formam aglomerados que podem chegar a milhares de indivíduos, que se revezam entre as posições mais quentes no centro e as mais expostas nas bordas do grupo.Durante o período de incubação, os machos equilibram os ovos nos pés, cobertos por uma dobra de pele que conserva o calor. Sem se alimentar por semanas, mantêm os filhotes aquecidos até que as fêmeas retornem com alimento.O post 5 animais que vivem em condições extremas apareceu primeiro em Olhar Digital.