Nikolas reage a decisão de Moraes que pode levar Bolsonaro à prisão

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se manifestou nesta segunda-feira (21/7) sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu 24 horas para que os advogados de Jair Bolsonaro (PL) prestem esclarecimentos sobre suposto descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-presidente.Em publicação no X, Nikolas criticou a decisão: “Nossa ditadura, através de um juiz, manda explicar e ameaça de prisão pra quem dá… entrevista”, escreveu.Veja post:A determinação de Moraes foi tomada após Bolsonaro ter falado com a imprensa na saída da Câmara dos Deputados, onde participou de uma reunião organizada pelo Partido Liberal (PL). Durante a conversa com jornalistas, o ex-presidente exibiu sua tornozeleira eletrônica publicamente pela primeira vez e afirmou que enfrenta uma situação de “humilhação”.Segundo o ministro, Bolsonaro está proibido de participar de transmissões em redes sociais próprias ou de terceiros, incluindo entrevistas a veículos de imprensa. A restrição faz parte de medidas cautelares relacionadas ao inquérito que investiga supostos ataques à soberania nacional. Leia também Paulo Cappelli Vídeo: veja o momento em que Nikolas é atingido no rosto em tumulto Brasil Nikolas sobre última decisão de Moraes contra Bolsonaro: “Preocupante” Paulo Cappelli Nikolas é atingido no rosto e sangra ao acompanhar Bolsonaro na Câmara Brasil Nikolas ironiza “provas” em pen drive apreendido: “Músicas e vídeos” No despacho, Moraes afirmou que, caso a defesa do ex-presidente não se manifeste dentro do prazo estabelecido, poderá decretar a prisão de Bolsonaro, com base no artigo 312, §1º, do Código de Processo Penal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi notificada sobre a decisão.6 imagensFechar modal.1 de 6Ex-presidente Jair Bolsonaro mostra a tornozeleira eletrônica para a imprensa na saída do Congresso Nacional VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 6Bolsonaro mostra a tornozeleiraVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 6VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 6Ex-presidente Jair Bolsonaro VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 6Ex-presidente Jair Bolsonaro mostra a tornozeleira eletrônica para a imprensaVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto6 de 6Ex-presidente Jair Bolsonaro mostra a tornozeleira eletrônica para a imprensa no CongressoReprodução/MetrópolesDescumprimento de cautelaresA declaração de Bolsonaro na Câmara foi replicada por perfis de terceiros, veículos de imprensa e pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente. Moraes considerou o compartilhamento como indício de descumprimento das medidas judiciais e anexou prints ao processo.Confira as medidas determinadas contra BolsonaroUso de tornozeleira eletrônica;Recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira, e integral nos fins de semana e feriados;Proibição de aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros;Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;Proibição de manter contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos quatro núcleos da trama golpista;Proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, incluindo transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas de redes sociais de terceiros.Na Câmara, o encontro contou com mais de 50 deputados e dois senadores, além de parlamentares de partidos como Republicanos, PP, PSD, União Brasil e Novo. A reunião foi liderada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e teve como pauta as recentes decisões do STF e a operação da Polícia Federal que teve Bolsonaro como alvo.Durante a reunião, foram criadas três comissões para coordenar a reação da oposição: uma voltada à comunicação, liderada por Gustavo Gayer (PL-GO); outra focada em articulação interna no Congresso, comandada por Cabo Gilberto (PL-PB); e uma terceira destinada a ações externas para “dar voz ao ex-presidente”, sob responsabilidade de Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC).