Os comentaristas Caio Coppolla e José Eduardo Cardozo discutiram, nesta segunda-feira (21), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o ex-presidente Jair Bolsonaro descumpriu ou não medidas cautelares.Após Bolsonaro mostrar a tornozeleira eletrônica a jornalistas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para que a defesa do ex-presidente se manifeste sobre um possível descumprimento da medida que o proíbe de utilizar redes sociais direta ou indiretamente.Para Coppolla, as determinações do STF são exageradas. Leia Mais Moraes bloqueia bens, contas e Pix de Eduardo Bolsonaro É um problema da Justiça, eu não me meto nisso, diz Lula sobre Bolsonaro Líder do PL detalha estratégia com pauta “anti-STF” no Congresso “Proibir Bolsonaro de falar, de ser ouvido e de ser replicado nas redes é uma violação aos direitos humanos, um ataque ao devido processo legal e, portanto, um flagrante abuso de autoridade. É uma violação aos direitos humanos porque configura censura prévia, um expediente autoritário vedado pela Constituição em múltiplos dispositivos”, afirmou.“O Estado não poderia calar uma pessoa atacada publicamente, porque ele perderia a faculdade de se defender publicamente, ainda mais antes que ela seja julgada”, concluiu.Cardozo entende que não existem direitos absolutos.“A liberdade de manifestação é um direito sim que está posto na Constituição, ela é ilimitada? Não, como não existem direitos ilimitados de qualquer natureza. Por exemplo, eu não posso ter o direito de xingar, atingindo a honra de pessoas caluniando, difamando injuriando, eu não posso ter o direito de convocar e incitar práticas criminosas”, defendeu.“Problema que existe dentro do Brasil tem que ser resolvido por brasileiros. Eu não posso pedir para o papai Trump resolver as coisas, porque isso é uma afronta”, pontuou.