Corinthians envia à Justiça plano reformulado para o pagamento de milhões em dívidas; entenda

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O Corinthians enviou à Justiça na sexta-feira (18) um plano reformulado para o pagamento de parte de suas dívidas. Trata-se de uma readequação na tentativa de adesão do clube no Regime Centralizado de Execuções (RCE). A informação foi noticiada inicialmente pelo GE e confirmada pelo Estadão. A principal diferença está nos valores. A Justiça inicialmente homologou o plano do clube para quitar R$ 367 milhões, mas o valor final estabelecido pelo administrador do processo ficou em R$ 190 milhões, praticamente metade do que o clube estava disposto a pagar. Isso ocorreu porque, para fins judiciais, foi feita uma reorganização e divisão das listas de credores dentro do processo de RCE. A relação inclui empresários, fornecedores, jogadores com direitos de imagem a receber, entre outros.A primeira lista, que correspondia ao valor de R$ 367 milhões, incluía todos os credores. No entanto, o juiz solicitou a exclusão dos credores que ainda não tinham uma execução judicial formalizada. Esse grupo de credores com execução aparelhada é que representa os R$ 190 milhões. Existem credores que tinham dívidas executáveis na época em que o Corinthians entrou com o pedido de adesão ao RCE, mas que não haviam entrado com a execução a tempo da homologação do plano. O clube tinha a obrigação de provisionar e pagar todos esses credores vencidos. Para evitar criar duas classes de credores e para assegurar que todos sejam pagos, o novo plano inclui esses credores não executantes, chamando-os de “credores aderentes”. Ou seja, no fim, o Corinthians mantém o planejamento de pagar o valor estipulado em R$ 367 milhões.A proposta corintiana visa quitar R$ 367 milhões em até dez anos utilizando 4% das receitas recorrentes do clube. A lei permite que até 20% seja aplicado ao RCE, mas o clube entendeu que a escolha foi a mais “técnica e viável” possível. Para chegar a um denominador comum com os credores, foi sugerido um aumento progressivo nos percentuais destinado ao pagamento do RCE. No primeiro ano, a parcela será de 4%, passando para 5% no segundo e 6% a partir do terceiro, quando o clube entende que terá mais fôlego nas receitas recorrentes. O mesmo acontece nas entradas de caixa referentes a receitas de venda e direitos econômicos de jogadores, também listados como receita para fins do RCE. A parcela nos três primeiros anos teria uma progressão de 5% para 6,5% e, finalmente, 8%. A proposta também estabelece benefícios específicos para credores que ainda prestam serviços ao clube, que receberiam 35% da receita recorrente destinada ao RCE. Há também outros credores listados como “preferenciais”, que ficariam com uma fatia de 25%. As dívidas serão corrigidas pela taxa Selic. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Qual é a dívida do Corinthians e quanto será pago com o RCE?Os valores que devem ser quitados dentro do Regime Centralizador de Execuções são apenas uma fatia do total da dívida corintiana, hoje dividida da seguinte forma:Dívidas relacionadas à Neo Química Arena: cerca de R$ 677 milhões contraídos para sua construção;Dívidas tributárias: aproximadamente R$ 817 milhões em encargos não pagos;Dívidas cíveis e trabalhistas: cerca de R$ 926 milhões de passivos com fornecedores, agentes, jogadores e processos judiciais em andamento, sendo R$ 367 milhões listados no RCE.Com informações do Estadão ConteúdoPublicado por Nícolas Robert Leia também Organizada do Corinthians convoca protesto após derrota em clássico Luciano define jogo em três minutos, São Paulo bate Corinthians e volta a vencer no Brasileirão