Viagem para EUA e Argentina exige mais planejamento e seguro obrigatório

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Se você está planejamento viajar em 2025, fique atento antes de embarcar: o segundo semestre do ano tem mudanças importantes que impactam o planejamento de viagens internacionais e colocam o seguro-viagem no centro da discussão.Especialmente se você pretende visitar países como Argentina e Estados Unidos – destinos que costumam estar entre os preferidos dos brasileiros. Bariloche, na Argentina, e Orlando, nos EUA, por exemplo, figuraram na lista das 5 principais cidades mais buscadas pelos brasileiros para as férias de julho deste ano, segundo levantamento da Booking.com, plataforma de reserva de serviços de turismo.Medidas adotadas por esses dois países exigem atenção redobrada. A Argentina passou a exigir que todos os estrangeiros apresentem um seguro-viagem válido na entrada no país. A regra foi instituída por um decreto de maio do presidente Javier Milei e tem como objetivo aliviar a pressão sobre o sistema público de saúde argentino.Já os Estados Unidos, destino de compras e entretenimento, enfrentam reflexos do tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump. O novo pacote de tarifas sobre produtos importados de regiões como México, Canadá e União Europeia tende a elevar o custo de diversos itens e serviços consumidos por viajantes, como hospedagem, aluguel de carros e passagens aéreas.“O tarifaço tende a elevar o custo das viagens internacionais. Com isso, o planejamento financeiro precisa incluir também mecanismos de proteção. O seguro-viagem é uma dessas ferramentas, com custo acessível e potencial de evitar prejuízos graves em países com sistemas de saúde caros como os EUA”, afirma Claudia Brito, diretora comercial e marketing da Coris, empresa especializada em assistência e seguro-viagem.Leia também: Monitor do tarifaço: veja a lista de países taxados por Trump e qual a tarifa atualSegundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia federal que fiscaliza o setor, o seguro-viagem foi um dos destaques nos primeiros cinco meses de 2025, obtendo crescimento nominal de 11,66% em relação ao mesmo período do ano passado, e expansão real de 6,20%, com um total de R$ 390 milhões arrecadados em prêmios (valor pago pelo consumidor à seguradora ao contratar o seguro).Contudo, apesar de os números mostrarem o aumento da demanda por essa modalidade de seguro, especialistas ponderam que muitos brasileiros ainda negligenciam a proteção pensando apenas no custo.“É uma questão de educação financeira. O brasileiro protege o carro, mas esquece de proteger a própria saúde e o bolso quando viaja ao exterior. E os riscos são bem maiores.”— Claudia Brito, da CorisPara se ter ideia do contraste, uma estimativa da empresa aponta que uma mala despachada em voos internacionais pode custar entre US$ 100 e US$ 200 (ou cerca de R$ 550 e R$ 1.100), enquanto um seguro-viagem completo sai por cerca de R$ 420. Ou seja, muitos viajantes gastam mais com bagagem do que com a própria segurança fora do país.Leia mais: Como escolher o melhor seguro-viagem? Veja 6 dicas para fugir de ‘pegadinhas’O que o seguro-viagem cobre?O seguro-viagem é um produto criado para oferecer proteção financeira e tranquilidade durante toda a jornada do turista, seja por lazer ou trabalho.“Embora não seja obrigatório, ele oferece tranquilidade em situações inesperadas durante a viagem. Em emergências, o seguro facilita a resolução de problemas, reduzindo o estresse e agilizando o atendimento ao cliente”, afirma Claudia Lopes, diretora comercial e marketing da seguradora Generali.O produto pode cobrir uma ampla gama de situações, dependendo do plano contratado, como:assistência médica e hospitalar em caso de acidentes ou doenças, repatriação em caso de falecimento, extravio de bagagem, cancelamento de viagem,auxílio com perda de documentos,cobertura para esportes,cobertura para públicos específicos, como gestantes e idosos, cobertura para pets,assistência odontológica.Em 26 países europeus do Tratado de Schengen, nos Emirados Árabes e na Austrália, o seguro com coberturas específicas é exigido para permitir a entrada no território. É também um requisito de entrada em alguns países da América do Sul, como Venezuela, Equador e Uruguai.Segundo as especialistas, para escolher o seguro ideal, o primeiro passo é avaliar o destino, a duração e o tipo de atividade que será realizada.The post Viagem para EUA e Argentina exige mais planejamento e seguro obrigatório appeared first on InfoMoney.