Brasil não consegue acordo com os EUA; tarifa de 50% se aproxima e derruba o Ibovespa

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A tensão entre Brasil e Estados Unidos segue afetando o desempenho dos ativos na bolsa. O governo brasileiro ainda não obteve sucesso em negociações e a tarifa de 50% pode entrar em vigor a partir do dia 1º de agosto.No Giro do Mercado desta quinta-feira (24), a jornalista Paula Comassetto recebeu Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, para comentar o momento do Ibovespa (IBOV), que cai mais de 1% por volta das 13h.LEIA MAIS: Super Quarta no radar – saiba o que esperar das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos e como investir a partir de agoraHungria afirma que ontem (23) os investidores ficam otimistas além da conta com a possibilidade de acordo entre EUA e União Europeia (UE), acreditando que poderia ajudar o Brasil nas negociações.No entanto, Trump jogou um balde de água fria no mercado ao dizer que que “os países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifas de 50%”.O analista destacou que apesar da expectativa de negociação do presidente Donald Trump com outros países, a questão do Brasil é mais complicada por envolver motivações políticas, com diversas menções de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro.“As negociações aqui parecem mais difíceis do que a UE. Ontem me pareceu um otimismo exacerbado e hoje o mercado cai na real. E também tem a questão de que a cada dia que passa, nos aproximamos mais do dia 1º de agosto”, afirmou.Segundo Hungria, a situação também prejudica outra tese de parte dos analistas, fundamentada na possibilidade de mudança no pêndulo político, com a eventual eleição de algum candidato pró-mercado.“Temos uma interferência política dos EUA em um fator importante para a bolsa brasileira, que é a possibilidade de eleição de um candidato mais de centro. Essa entrada do Trump no jogo acaba elevando a polarização, que é ruim em termos fiscais”, disse.Nos próximos dias, a temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) deve movimentar os ativos brasileiros.“É uma temporada importante. Tivemos um primeiro trimestre muito melhor do que o mercado esperava, mas os juros ainda não estavam perto de 15%. Então agora vamos entender se as empresas estão tão fortes quanto demonstravam ou se veremos uma desaceleração”, afirmou Hungria.O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos do dia. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.SAIBA MAIS: Guia gratuito do BTG sobre a temporada de balanços – saiba os destaques das maiores empresas da bolsa no 2º tri de 2025