O velório da cantora Preta Gil aconteceu na última sexta-feira (25), no Theatro Municipal do Rio. A cerimônia foi aberta ao público, que compareceu em peso para se despedir da artista. Apesar do momento fúnebre, muitos curiosos gravaram vídeos e alguns até tiraram selfies com a imagem de Preta no caixão ao fundo. Mesmo com o cordão de isolamento, para evitar que o público tivesse acesso direto ao caixão, o que não faltou foram pessoas de celular na mão, fazendo fotos e vídeos da artista. Algumas delas postadas em redes sociais.Velório de Preta Gil, no Rio – Foto: Enrik Monteiro/ POP MaisO assunto rendeu uma série de críticas entre os internautas, muitos apontando questões de ética e bom senso. “Falta de respeito com a memória dela e com a família. Não é momento pra ficar filmando”, escreveu uma usuária no X (antigo Twitter). Outro comentário dizia: “Gente tirando foto do corpo como se fosse atração turística. Que nojo”.É importante lembrar que, embora o velório seja acessível ao público, compartilhar imagens do corpo de Preta Gil no caixão sem a permissão da família pode ser considerado ilegal. Legalmente, a liberação do espaço não revoga o direito de proteger a imagem da artista, que é garantido pela Constituição e pelo Código Civil. Especialistas apontam que a divulgação sem autorização pode levar a processos por danos morais e, em situações mais graves, pode caracterizar o crime de vilipêndio a cadáver, conforme o artigo 212 do Código Penal. A legislação confere aos parentes o direito de manter a memória e a dignidade da pessoa falecida.