Jorge Grimberg fala de tendências e tecnologias na moda; confira

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Jornalista e consultor de moda, Jorge Grimberg viaja o Brasil em discussões sobre o avanço das tecnologias e conexão da moda com as novas gerações. A coluna teve a oportunidade de realizar uma breve conversa com o influenciador, durante passagem por Brasília.Vem conferir!Palestras de Jorge Grimberg são referência no mercadoQuando o assunto são influenciadores brasileiros que abordem moda e tendências com relevância, Jorge Grimberg surge como uma das personalidades de maior destaque. Com passagens por veículos nacionais e internacionais como Vogue America e Business of Fashion, o jornalista demonstra afinidade ao discutir quais os futuros da indústria fashion no Brasil e no mundo; e foi um dos convidados do evento Interfashion, quando veio ao DF e conversou com a coluna. Leia também Ilca Maria Estevão Focus Fashion Summit: identidade e tecnologia se destacam na 7ª edição Ilca Maria Estevão Giorgio Armani define o futuro da grife homônima em testamento Ilca Maria Estevão Aleha: em Brasília, Alessandra Hohl apresenta a essência da marca Por meio do perfil no Instagram com mais de 200 mil seguidores, são compartilhados vídeos que funcionam como uma síntese das dinâmicas da moda percebidas por Grimberg.O quadro 3 Minutos de Moda por Jorge Grimberg — que também contempla um podcast no Spotify — se conecta não só o público de moda, como também com as gerações Y e Z, que vivem as mudanças das redes sociais e Inteligências Artificiais; e da geração alpha, que praticamente nasceu preparada para o futuro. Ver esta publicação no Instagram Uma publicação partilhada por JORGEGRIMBERG (@jorgegrimberg)Jorge Grimberg comenta sobre tendências e tecnologia em entrevistaColuna: Qual seria a forma de frear o bombardeamento de tendências e encontrar uma personalidade própria na moda? A solução seria sair das redes sociais?Jorge Grimberg: Eu acredito que a gente tem que sair contando novas histórias. Porque uma maneira de você lidar com as redes sociais é ver uma tendência que está impactando a gente o tempo todo. Aí, você pode ou querer entrar na tendência ou contar outra história.Eu sinto que é sobre você encontrar a história que você vai contar. Tem muitas marcas de moda que estão contando sobre sustentabilidade, comunidade, cultura local, artistas que são relevantes para elas; sobre artesanato, coisas importantes para aquela marca. Conectar as pessoas com esses assuntos e não conectar com as tendências que está todo mundo falando.Como o consumidor pode se enquadrar na cultura de uma marca?Eu acho que se o consumidor consegue ver além das tendências. Ele pode olhar pelo que ele gosta de verdade, se a marca está trazendo esses assuntos. O consumidor vai se conectar quando a marca falar uma coisa que é importante para ele.Então, por exemplo, se você valoriza algum tipo de estilo musical, você gosta muito de algum tipo de música e a marca está celebrando esses artistas, então a marca se conecta com você. Então, se a marca patrocina esportes, por exemplo, você adora skate, anda de skate, então a marca vai lá e ela patrocina atletas de skate, ela faz roupas de skate, ela está dentro daquele universo. Assim, a marca, quando está de verdade dentro de alguma cultura, elevando aquela comunidade, aquele grupo, vai ser importante para o consumidor.Apesar de serem influências instantâneas, você acha que as microtendências têm poder de apresentar o universo da moda?O que eu vejo com a nova geração é que o primeiro contato que eles têm com a moda é com as microtendências, é diferente. Na minha época, eu tinha  as revistas,um conteúdo muito mais elaborado e profundo. Hoje, sinto que o maior desafio  das pessoas que entram na microtendência é o que delas ficam? Qual que é a conexão verdadeira? Porque a microtendência, que essa geração já está percebendo, dá muito cansaço porque você está sempre errado. Hoje é uma coisa, amanhã é outra coisa…Como elas mudam muito rápido, nada muda tão rápido assim quanto o Tik Tok, por exemplo. Então, as pessoas com mais tempo, conectadas por valores em comum, por coisas que elas vão poder pertencer, eu acho que a gente vai se desenvolver para esse lugar, eu espero que a gente se desenvolva para esse lugar.Jorge Grimberg leva suas reflexões para as redes sociaisQuais benefícios você enxerga na integração entre a inteligência artificial e o trabalho manual na moda?Eu acredito que a inteligência artificial não tem gosto, o gosto é muito do humano. A gente conseguir utilizar a inteligência artificial para trabalhar para a realização do nosso, da nossa visão criativa, é muito mais interessante do que a gente pedir para ela fazer uma visão criativa, eu sinto que aí vai de como a gente decide usar, mas eu acho que o design natural consegue criar muito mais caminhos dentro da visão dele se ele souber usar bem a inteligência artificial. Ele consegue expandir muito mais a ideia dele, criar novos recursos, buscar referências de uma maneira muito mais rápida.Como você vê a moda no futuro? O que você espera vá acontecer sobre o fluxo de tendências, microtendências?Sinto que a moda sempre vai existir, porque a gente vai se vestir todo dia e essa decisão de roupa tem a ver com onde a gente mora, o que a gente quer contar e como a gente está se sentindo. Eu espero que a moda vá para o lugar onde as pessoas se conectem mais com o que elas estão vestindo, com a história das roupas que elas estão vestindo.Espero que as pessoas se interessem por isso e não só de saber o copy paste do que está acontecendo no TikTok, de saber vestir a última trend, a última cor, mas sim saber, ter um envolvimento maior, cultural, emocional, com o que a moda está oferecendo.Os workshops Future Day e Encontre a Sua Voz foram um sucesso nacionalDesde 2021, os encontros e palestras com Jorge Grimberg reuniram mais 2.000 profissionais e entusiastas do ramo de moda e comunicação. Sua agenda e futuros projetos podem ser acompanhados pelas redes sociais do influenciador, além de seus conteúdos que debatem o futuro fashion.