Valdemar Costa Neto reconhece ‘planejamento de golpe’ e irrita aliados de Bolsonaro

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No último sábado (13), o presidente do Partido Libera (PL), Valdemar Costa Neto, comentou sobre a condenação do núcleo crucial por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF). O político reconheceu publicamente que houve um ‘planejamento de golpe’, no entanto, negou configuração de crime. Para o líder da sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, o “grande problema” foram os atos no 8 de Janeiro, que segundo ele, os “camaradas com pedaço de pau e um bando de pé de chinelo quebrando” a Praça dos Três Poderes foram os responsáveis para que o Supremo julgasse a movimentação como trama golpista.“Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil a lei diz o seguinte: ‘se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime’. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe. Olha só, que absurdo, camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo quebrando lá na frente e eles falam que aquilo é golpe”, afirmou o presidente do Partido Libera (PL), Valdemar Costa Neto.Como resultado, a declaração do político foi recebida de modo negativo pelos apoiadores do ex-presidente, que defendem que não existiu nenhum planejamento de golpe. Para a oposição, tais falas podem de alguma forma enfraquecer as articulações para aprovar o projeto da anistia no Congresso Nacional.O ex-ministro de Bolsonaro e advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten, reagiu à declaração do Valdemar Costa Neto e questionou se, de fato, houve planejamento do golpe. “Houve planejamento de golpe? Se sim por quem? Alguém financiou? Não é possível mais ouvirmos e nos calarmos. Chega”, escreveu Wajngarten no X.Houve planejamento de golpe?Se sim por quem?Alguém financiou?Não é possível mais ouvirmos e nos calarmos.Chega.— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) September 15, 2025A fala de Valdemar Costa Neto ainda resultou em outras reações do espectro político oposicionista. O deputado federal, Ricardo Salles (Novo-SP), respondeu que “não foi por falta de aviso” em uma publicação de Paulo Figueiredo. No post, o braço-direito de Eduardo Bolsonaro (PL) criticou a declaração do presidente do PL. “Como eu digo: não estamos nesta m*** de dar gosto à toa”, escreveu no X.Não foi por falta de aviso … https://t.co/Ps7VFHmdQa— Ricardo Salles (@rsallesmma) September 15, 2025 Leia também Lula responde Trump e diz que julgamento de Bolsonaro não foi 'uma caça às bruxas' Tarcísio volta a Brasília para lobby pela anistia após julgamento de Bolsonaro