Gleisi descarta anistia a Bolsonaro, mas admite debate sobre redução de penas do 8/1

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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reforçou neste sábado (13) a posição do governo contra qualquer tentativa de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. Ao mesmo tempo, admitiu que pode haver espaço para discutir a redução das penas, tanto no Congresso quanto no Supremo Tribunal Federal (STF).Em evento do PT no Paraná, Gleisi afirmou que a discussão sobre dosimetria é legítima, mas não deve ser confundida com perdão. “Se querem discutir redução de pena, é outra coisa. Cabe ao STF, ou até ao Congresso, avaliar um projeto. Mas isso não tem nada a ver com anistia ou com perdão”, disse, em fala registrada pela Folha de S.Paulo.Leia tambémLula se prepara para viajar aos EUA após rebater Trump sobre condenação de BolsonaroPresidente deve participar da Assembleia-Geral da ONU, evento que tradicionalmente tem o discurso do mandatário brasileiro em sua aberturaBolsonaro condenado, Argentina e mais: um resumo da semana para você em 5 pontosCondenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete envolvidos na trama golpista é destaque Estratégia contra a anistiaO PT tenta conter o avanço de projetos de anistia no Legislativo, que poderiam beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo STF a 27 anos de prisão por tentar articular um golpe de Estado. Para Gleisi, a concessão de perdão seria “um presentinho para Donald Trump”, numa referência à aliança política entre o republicano e Bolsonaro.A ministra disse ainda que o partido não pode “piscar” diante da pressão do Congresso: “Não podemos de maneira nenhuma olhar ou piscar para a questão da anistia. Vamos ser firmes, vamos ter que enfrentar o Congresso nesta pauta”.Pressão da oposiçãoDurante o julgamento de Bolsonaro, a oposição intensificou articulações pela anistia na Câmara dos Deputados. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem atuado como um dos principais patrocinadores da proposta, buscando apoio no Centrão. A decisão sobre pautar o texto cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que sofre pressão direta de aliados de Bolsonaro.Gleisi também criticou o voto do ministro Luiz Fux, único a divergir da maioria e absolver Bolsonaro. Segundo ela, a posição foi “um desserviço” e “uma vergonha nacional”, pois deu espaço para que bolsonaristas questionassem o processo. “Os outros votos foram primorosos”, destacouThe post Gleisi descarta anistia a Bolsonaro, mas admite debate sobre redução de penas do 8/1 appeared first on InfoMoney.