Bitcoin pode romper os US$ 120 mil com decisão do Fed? O que mais pode fazer preço?

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O Bitcoin (BTC) começou a semana andando de lado. Nas últimas 24 horas, a maior criptomoeda do mercado recuou 0,64% e se manteve na faixa dos US$ 114 mil na manhã desta segunda-feira (15). Ao longo da semana, no entanto, especialistas veem chance de valorização diante da decisão de política monetária nos Estados Unidos e do fluxo de investidores institucionais.Na quarta-feira (17), o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) define a nova taxa básica de juros. A expectativa é de queda de 25 pontos-base, para a faixa de 4,00% a 4,25% ao ano. O BTC costuma se beneficiar de cortes nos juros, assim como outros ativos de risco.Leia mais: Juros caem, Bitcoin sobe? Como o Fed dita o ritmo da maior criptomoeda do mundoO tamanho de uma possível valorização desta vez, no entanto, dependerá do tom dos dirigentes do Fed, porque parte relevante do otimismo já está precificado, segundo Andre Franco, CEO Boost Research.“Para que ocorra uma valorização mais expressiva, será necessário que o discurso do Federal Reserve traga sinais claros de cortes maiores ou que novos dados econômicos venham surpreendentemente fracos, reforçando a urgência por um afrouxamento monetário mais robusto”, disse.Na semana passada, o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos veio acima do esperado em agosto, o que, em teoria, poderia pesar contra cortes. Mas, como os dados de emprego seguem fracos, especialistas acreditam que a narrativa ainda favorece reduções agora e no futuro.Leia mais: Inflação nos EUA além do esperado não mudará corte de juro agora, mas ritmo preocupaA força dos investidores institucionaisOutro ponto de atenção são os ETFs (fundos negociados em bolsa) de criptoativos nos EUA, considerados termômetro do apetite institucional. Na semana passada, eles registraram entrada líquida de US$ 2,34 bilhões, segundo dados da Farside Investors.“Esse movimento mostra que a demanda de investidores institucionais está absorvendo toda a nova oferta do ativo, impulsionando a valorização e consolidando o BTC acima do patamar de US$ 114.000”, disse Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank.Leia também: ETF de criptomoeda – guia para entender o que é e como investirAté onde o preço do Bitcoin pode chegar no curto prazo?Segundo Ana de Mattos, analista técnica e trader Parceira da Ripio, a força compradora segue predominante no curto prazo, “sugerindo a continuidade de alta até próxima as faixas de preços dos US$ 120.000 e US$ 124.474”. No entanto, falou, se houver entrada de fluxo vendedor, os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 108.300 e US$ 105.000.Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, disse que a resistência encontra-se em US$ 116.000, sendo US$ 120.000 o próximo alvo significativo caso ocorra rompimento. No entanto, reforçou, esse cenário “pode se alterar rapidamente após as decisões do Fed e eventuais aprovações de ETFs, criando oportunidades para rallies expressivos até o final do mês”.Já a Bitfinex, em relatório semanal, disse que dados on-chain (da blockchain) indicam que houve forte interesse de compra em torno de US$ 108 mil, enquanto a faixa entre US$ 110 mil e US$ 116 mil concentra a maior parte da oferta recente. “Para confirmar uma retomada mais consistente, o preço precisa romper com firmeza a barreira dos US$ 116 mil; até lá, o cenário predominante segue sendo de consolidação”.Leia também: Conheça a origem da primeira criptomoeda do mundoE as altcoins?Assim como o Bitcoin, as altcoins (termo usado para identificar qualquer cripto diferente do BTC) também abriram a semana estáveis, mas tendendo ao negativo. O Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda, caía 2,45% nesta segunda, para US$ 4.510.Segundo Ana, se a queda continuar, os suportes de curto e médio prazo estão em US$ 4.370 e US$ 3.900. “Contudo, se entrar fluxo comprador revertendo o movimento, os próximos alvos da alta estão nas faixas de preços de US$ 4.956 e US$ 5.630”.Prado, da Bitget, disse que a maioria das altcoins apresenta leve correção, mas o setor segue resiliente diante das expectativas de corte de juros e de aprovações de ETFs. Na semana passada, a SEC (a CVM dos EUA) aprovou o primeiro ETF de Dogecoin (DOGE) – a memecoin mais famosa do mercado.Sarah Uska, do Bitybank, falou que a entrada das memecoins no mercado regulado amplia o acesso de investidores a esse tipo de ativo, mas acende um sinal de alerta. “Diferentemente de Bitcoin e Ethereum, que têm tecnologia robusta e fundamentos que sustentam seu valor, as memecoins dependem sobretudo de narrativas e comunidades, o que as torna extremamente voláteis”. The post Bitcoin pode romper os US$ 120 mil com decisão do Fed? O que mais pode fazer preço? appeared first on InfoMoney.