O governo de Donald Trump prometeu responder de maneira firme o assassinato do ativista e influenciador Charlie Kirk, que ocorreu na última quarta-feira (10). Desde o assassinato do ativista, na última semana, o governo americano demitiu funcionários e caçou vistos de estrangeiros que criticaram Kirk ou satirizaram o caso em redes sociais.Pouco depois do incidente, o subsecretário de Estado americano, Christopher Landau, disse que “estrangeiros que glorificam a violência o ódio não são visitantes bem-vindos em nosso país”.Um dos estrangeiros que teve a liberação de entrada revogada foi o médico brasileiro Ricardo Barbosa, que celebrou a morte de Kirk. Landau ordenou o chefe dos assuntos consulares a revogar o visto, caso o médico tenha um, e colocar um “alerta” para que ele nunca receba o documento. Leia Mais Waack: O extremismo domina a política americana Funeral de Charlie Kirk representará um desafio para o Serviço Secreto Suspeito confessou ter matado Charlie Kirk no Discord, diz jornal Alas da Casa Branca defendem que sejam criados “planos contra a violência” que serviriam para “desmantelar organizações de esquerda radical”. Nenhum grupo específico é citado, mas a promessa é usar recursos do Departamento de Justiça “em nome de Charlie Kirk”.Uma preocupação levantada é a de que esses projetos e outras respostas sirvam para atingir estruturas de oposição a Trump, que já lidam com ataques da Casa Branca desde o começo deste ano.O deputado Democrata, Jason Crow, disse em entrevista à CNN Internacional que Trump e aliados estão usando a morte de Kirk para “atingir a liberdade de expressão e desavenças políticas”. Além de popular nas redes sociais, Kirk era amigo de Trump e da família desde a primeira campanha do empresário à Casa Branca, em 2016. Trump disse que, sem Kirk, não teria sido eleito e atribui parte do sucesso com a parcela mais jovem da população ao ativista.O governo usa a situação pra amplificar discursos conhecidos do grupo MAGA (Make America Great Again). O governador de Utah, Spencer Cox, associou o assassino Tyler Robinson a “ideologias de esquerda” e afirmou que ele teria sido “radicalizado” depois de sair do colégio.Nesta segunda (15), o vice-presidente americano JD Vance culpou, sem provas, uma “minoria crescente e poderosa da extrema esquerda”.“Podemos agradecer a Deus que a maioria dos Democratas não compartilha dessas atitudes e eu concordo, ao mesmo tempo que reconheço que algo deu muito errado”, disse Vance ao apresentar o podcast “Charlie Kirk Show”, criado pelo ativista.Segundo pesquisa da You/Gov, tanto Republicanos quanto Democratas tendem a dizer que a violência política é um grande problema no país depois que membros do próprio partido sofrem ataques. O estudo também mostra que liberais e conservadores tendem a pensar que o outro lado é o mais violento.