ONU afirma que camada de ozônio deve se recuperar totalmente até meados do século

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A camada de ozônio, responsável por proteger a Terra da radiação ultravioleta, está em processo de recuperação e pode voltar aos níveis da década de 1980 até meados deste século, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (15) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão ligado à ONU. O documento destaca que o buraco sobre a Antártida foi menor em 2024 do que em anos anteriores, sinalizando progresso consistente.O avanço é atribuído principalmente ao Protocolo de Montreal, assinado em 1987, que determinou a eliminação gradual das substâncias destruidoras da camada de ozônio, usadas em sistemas de refrigeração, aerossóis e outros produtos. De acordo com a OMM, mais de 99% da produção e do consumo desses compostos já foram eliminados, permitindo a desaceleração da destruição atmosférica.O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o relatório como um exemplo de como a cooperação internacional pode trazer resultados. “A camada de ozônio está se recuperando. Este feito mostra que, quando os países ouvem a ciência, o progresso é possível”, afirmou. A entidade também relaciona a melhora a fatores naturais, como condições específicas da atmosfera que variam ano a ano.O estudo apontou que o buraco da camada de ozônio atingiu um déficit máximo de 46,1 milhões de toneladas em setembro de 2024, abaixo da média registrada entre 1990 e 2020. Além disso, foi observada uma recuperação mais rápida após o pico de destruição, o que especialistas consideram um sinal robusto de recuperação.Segundo projeções, a camada de ozônio deve se recuperar integralmente até 2066 sobre a Antártida, até 2045 sobre o Ártico e já por volta de 2040 no restante do planeta. A expectativa é que essa reversão contribua para reduzir riscos de câncer de pele, catarata e danos aos ecossistemas causados pela exposição excessiva aos raios ultravioleta.The post ONU afirma que camada de ozônio deve se recuperar totalmente até meados do século appeared first on InfoMoney.