O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que trabalha em um texto alternativo da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. “Estou trabalhando em um texto alternativo. Já falei isso tem quatro meses”, afirmou nesta terça-feira (9).Questionado por jornalistas sobre qual texto seria esse, Alcolumbre se limitou a dizer: “Estou trabalhando no meu texto”. Minutos depois, novamente questionado sobre a matéria, Alcolumbre completou: “vamos ver quem vota a favor e quem vota contra”.Segundo o líder do PL (Partido Liberal) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, circulam nos bastidores ao menos três minutas de projetos de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Uma das versões, a mais radical, prevê Jair Bolsonaro elegível e anistia desde 2019, no âmbito do inquérito das Fake News.A versão atribuída a Alcolumbre é classificada como “light”, uma vez que incluiria apenas os envolvidos no 8 de janeiro, sem englobar os líderes da organização criminosa. Aliados de Davi não acreditam no avanço da proposta com celeridade, especialmente, diante da pressão direta da oposição sobre o presidente do Senado.Na última manifestação do 7 de setembro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu que o texto seja pautado no Senado ou na Câmara o quanto antes.Flávio disse que não existe “meia anistia” e voltou a pedir uma anistia “ampla, geral, irrestrita e imediata”Para o entorno de Alcolumbre, a pressão direta terá efeito reverso sobre o presidente, que nos bastidores, sinalizou irritação com a fala de Flávio.Na Câmara dos Deputados, a pressão tem aumentado, mas o presidente Hugo Motta afirmou que não há previsão de pauta para a matéria.