O Ibovespa em 2025 tem mostrado extremos notáveis entre seus componentes: de um lado, Cogna (COGN3) desponta como a maior alta do índice, com valorização de 183,63% no acumulado do ano; do outro, Raízen (RAIZ4) amarga o posto de maior queda, com retração de 40,74% no mesmo período. A trajetória das duas ações reflete não apenas o humor dos investidores, mas também os sinais técnicos distintos que cada gráfico apresenta.Enquanto Cogna consolidou uma recuperação vigorosa desde a mínima de R$ 0,95 em 2025, atraindo fluxo comprador consistente, Raízen luta contra a forte pressão vendedora que a levou a marcar a mínima histórica em R$ 1,01, permanecendo em tendência dominante de baixa.Para entender até onde o preço das ações da Cogna (COGN3) e de Raízen (RAIZ4) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.Análise técnica Cogna (COGN3)No gráfico diário, o viés principal segue positivo. Nas últimas semanas, o papel entrou em movimento mais lateralizado, mas ainda se sustenta acima das médias móveis. Na sessão mais recente, COGN3 encerrou com alta de 1,69%, cotada a R$ 3,01, com o IFR (14) em 57,09, sugerindo condição neutra.Para retomar a tração altista, o ativo precisa romper a região de R$ 3,09/3,19, que corresponde à máxima de 2025. Caso consiga superar esse nível, abre espaço para testar resistências em R$ 3,47/3,67, e em horizontes mais longos, R$ 3,92 e o alvo psicológico dos R$ 4,00.No lado oposto, o suporte imediato se encontra em R$ 2,83/2,70. Se perdido, o papel pode intensificar a correção em direção a R$ 2,49/2,30, e, em movimento mais prolongado, buscar as regiões de R$ 2,17, R$ 1,88 e R$ 1,57.Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo PazAnálise de médio prazoNo gráfico semanal, COGN3 se firma como o grande destaque positivo do ano, acumulando valorização de 183,63% desde a mínima de R$ 0,95. O ativo negocia acima das médias móveis, o que reforça a tendência principal de alta. O IFR (14) em 62,43 indica zona neutra, longe de níveis extremos de sobrecompra.A resistência mais importante está em R$ 3,19, já testada duas vezes sem rompimento. Caso consiga superá-la, abre caminho para alvos técnicos em R$ 3,47, R$ 3,58, R$ 3,92, e, em prazos maiores, R$ 4,28 e R$ 4,77.Por outro lado, se houver correção, o primeiro suporte relevante aparece em R$ 2,70/2,49. Perdendo essa faixa, a atenção se desloca para a média de 200 períodos em R$ 2,30, seguida por níveis em R$ 1,83, R$ 1,67, R$ 1,47 e R$ 1,19.Fonte: Nelogica. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo PazConfira mais análises:Ouro dispara e fecha acima de US$ 3.600; Fed e China sustentam valorização recordeBanco do Brasil (BBAS3) é compra ou venda, entre Lei Magnitsky, agro e Bolsonaro?Ações do Itaú (ITUB4) têm leve correção: hora de realizar lucros ou reforçar posição?Análise técnica Raízen (RAIZ4)No gráfico diário, RAIZ4 ensaia reação após tocar a mínima histórica em R$ 1,01. Ainda assim, na última sessão, caiu 0,78%, encerrando a R$ 1,26. Apesar de vir de duas semanas positivas, nesta semana o desempenho mostra estabilidade.O papel voltou a negociar acima das médias de 9 e 21 períodos, mas a fragilidade ainda é evidente. O IFR (14) em 53,55 indica neutralidade. Para seguir recuperando, precisa superar R$ 1,42, o que abriria espaço para R$ 1,57/1,72 e, em cenários mais alongados, R$ 1,79/1,93 e R$ 2,06.Porém, se perder a faixa de R$ 1,25/1,15, pode retomar o viés de queda em direção a R$ 1,11/1,01 e depois R$ 0,94/0,89.Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo PazAnálise de médio prazoO gráfico semanal evidencia a força da tendência negativa. Apesar da alta de 9,40% em setembro, Raízen acumula queda de 40,74% no ano, cotada a R$ 1,28, e segue como a maior baixa do Ibovespa em 2025. O ativo ainda está abaixo das médias de 9 e 21 períodos, e o IFR (14) em 37,03 se aproxima da região de sobrevenda.Se perder a mínima da semana em R$ 1,27, pode acelerar a correção em direção a R$ 1,17 e novamente à mínima histórica de R$ 1,01. Abaixo desse patamar, os alvos projetados ficam em R$ 0,83/0,75, com suportes mais longos em R$ 0,67 e R$ 0,50.Para recuperar forças, precisa romper a faixa de R$ 1,30/1,42. Superando esse nível, poderá mirar resistências em R$ 1,58/1,72, e mais acima, em R$ 2,23/2,70 e na média de 200 períodos, em R$ 3,39.Fonte: Nelogica. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo PazSuportes e resistênciasCOGN3 (Cogna)Com base no fechamento do dia 10/09, aos R$ 3,01, as ações da Cogna contam com:Suportes de curto prazo em R$ 2,83 (1), R$ 2,70 (2) e R$ 2,49 (3);Resistências de curto prazo em R$ 3,09 (1), R$ 3,19 (2) e R$ 3,47 (3).Suportes de médio prazo em R$ 2,49 (1), R$ 2,30 (2) e R$ 1,83 (3);Resistências de médio prazo em R$ 3,58 (1), R$ 3,92 (2) e R$ 4,77 (3).RAIZ4 (Raízen)Com base no fechamento do dia 10/09, aos R$ 1,28, as ações da Raízen contam com:Suportes de curto prazo em R$ 1,25 (1), R$ 1,15 (2) e R$ 1,01 (3);Resistências de curto prazo em R$ 1,42 (1), R$ 1,57 (2) e R$ 1,72 (3).Suportes de médio prazo em R$ 1,17 (1), R$ 1,01 (2) e R$ 0,83 (3);Resistências de médio prazo em R$ 2,23 (1), R$ 2,70 (2) e R$ 3,39 (3).(Rodrigo Paz é analista técnico)Guias de análise técnica:O que é uma linha de tendência na análise gráfica?O que são médias móveis e como usá-la para estratégia de TradeBandas de Bollinger: como usar e interpretar?Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice. The post Cogna (COGN3) salta 183%, Raízen (RAIZ4) cai 40%: o que esperar pela análise técnica? appeared first on InfoMoney.