Trama golpista: núcleos 2, 3, e 4 estão em última fase antes de julgamento

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Os réus dos núcleos 2, 3 e 4 das ações penais do plano de golpe de Estado, denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República), estão na fase de alegações finais, a última antes dos processos serem liberados para julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).Na semana passada, os oito réus do núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram condenados por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro teve a pena mais alta, com 27 anos e três meses de prisão.Dos núcleos restantes, o grupo com trâmite mais avançado é o núcleo 4, apontado pela PGR como grupo responsável por liderar rede de desinformação. A Procuradoria pediu a condenação dos sete réus envolvidos. Leia Mais: STF prepara para esta semana novos recados sobre anistia Plano de golpe: Moraes negará embargos infringentes, diz especialista Advogado explica recursos e próximos passos da condenação de Bolsonaro Enquanto nos núcleos 2 e 3, a PGR ainda deve apresentar as alegações finais, etapa que pode pedir a condenação ou absolvição dos réus. Nesta segunda-feira (15), se encerra o prazo de apresentação da manifestação final da Procuradoria do núcleo 3.Após a apresentação da PGR, no prazo de 15 dias, as defesas dos réus têm o mesmo período para se manifestar sobre as acusações.A etapa de alegações finais é a última antes do processo ser liberado pelo relator, Alexandre de Moraes, para o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, responsável por agendar o julgamento.Quando apresentou a denúncia ao Supremo, a PGR dividiu os acusados em cinco grupos. Apenas o núcleo cinco, que tem o blogueiro Paulo Figueiredo, que mora nos Estados Unidos, ainda não se tornou réu por falta de representação no Brasil.No início do ano do Judiciário no STF em 1º de agosto, Moraes afirmou que todos os núcleos ainda neste ano. “Esta Corte continuará realizando sua missão Constitucional e, neste segundo semestre, realizará o julgamento e as conclusões dos quatro núcleos das importantes ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado”, disse na ocasião.Moraes detalha "Punhal verde amarelo" em julgamento de plano de golpe | BASTIDORES CNNNúcleo 2Descrição: Responsáveis pelo “gerenciamento das ações” da organização criminosa.Status: Em alegações finais da PGR.Quem são:Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal);Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro;Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF (Polícia Federal) e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça e ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF;Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência da República.Núcleo 3Descrição: é composto por militares de forças especiais — os chamados “kids pretos” — apontados como responsáveis pelo planejamento operacional do golpe, incluindo o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ataques contra autoridades.Status: Em alegações finais da PGR.Quem são:Bernardo Correa Netto, coronel preso na operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal;Estevam Theophilo, general da reserva e ex-chefe do Coter (Comando de Operações Terrestres do Exército);Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército e supostamente envolvido com carta de teor golpista;Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército e integrante do grupo “kids pretos”;Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo “kids pretos”;Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército e integrante do grupo “kids pretos”;Ronald Ferreira de Araújo Junior, tenente-coronel do Exército acusado de participar de discussões sobre minuta golpista;Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal.Núcleo 4Descrição: responsável por disseminar informações falsas visando desacreditar o sistema eleitoral, em especial as urnas eletrônicas e a Justiça Eleitoral.Status: Em alegações finais das defesas.Quem são:Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva;Ângelo Martins Denicoli, major da reserva;Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do IVL (Instituto Voto Legal);Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente;Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel;Marcelo Araújo Bormevet, policial federal;Reginaldo Vieira de Abreu, coronel.