O Brasil ainda não conseguiu vistos para todos os participantes da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que vai ser realizada em Nova York na próxima semana, informou o Itamaraty durante briefing à imprensa na manhã desta segunda-feira (15). “Aqueles que já participaram da Assembleia anterior têm visto com validade de três anos, mas os que vão pela primeira vez ainda estão sem o documento, dentre eles, dois ministros de Estado”, disse o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Marcelo Marotta Viegas.Ele disse ainda que o Itamaraty tem indicação de que os vistos que ainda não foram concedidos estão em vias de processamento. “Mas não posso especular. Para ir à ONU existe uma obrigação de conceder vistos. Nossa expectativa não é achar que os Estados Unidos não cumprirão suas obrigações legal”, afirmou Viegas.Leia também: Itamaraty: EUA dizem que vistos de grupo brasileiro para ONU estão em “processamento”Como de praxe, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vai fazer o primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, na manhã do 23. A expectativa é que ele fale em defesa do estado Palestino. Segundo o briefing divulgado hoje na sede do Itamaraty, em Brasília, na agenda de Lula também estão previstas participação na reunião de soluções pacífica da Palestina, convocada pela França, a copresidência junto com Chile e Espanha de um evento em defesa da democracia e a copresidência com o Secretário-Geral Da ONU, António Guterres, do evento de cooperação climática visando a COP30, e o apoio ao TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre, do inglês Tropical Forest Forever Facility).Questionado sobre a presença de Donald Trump na Assembleia, Viegas, disse acreditar que o presidente norte-americano vá participar do evento e das discussões. Os participantes brasileiros também esperam poder trabalhar temas que serão tratados na COP 30, que será realizada em Belém em novembro. “Enfrentamos desafios geopolíticos significativos, ceticismos do multilateralismo para impulsionar respostas. Com o acordo de Paris estamos rumando 2,7 graus centígrados, sem ele seria mais de 4. Nós temos que focar no que funciona e refletir sore o que não funciona tão bem”, afirmou Mário Mottin, chefe da Divisão de Ação Climática do Ministério das Relações Exteriores. Segundo ele, após dez anos do acordo de Paris esta vai ser uma oportunidade para refletir sobre as respostas coletivas a estes desafios.The post Parte da comitiva brasileira ainda não tem visto para participar da Assembleia da ONU appeared first on InfoMoney.