Banco do Brasil (BBAS3): por que a XP cortou o preço-alvo das ações do banco em R$ 7?As ações do Banco do Brasil (BBAS3) estão operando em queda nesta segunda-feira (15). Na semana passada, a XP divulgou um relatório reduzindo a projeção de preço-alvo dos papéis. A casa revisou a expectativa de R$ 32 para R$ 25 por ação, o que representa um corte de R$ 7.Segundo a análise, fatores como a persistência da inadimplência no setor agro, o cenário macroeconômico de desaceleração e o ambiente de juros elevados pesam sobre as perspectivas de desempenho do Banco do Brasil. A XP também projeta que o custo de risco atinja 4,5% em 2025, permanecendo em níveis altos nos próximos anos.Apesar de considerar os múltiplos P/B atrativos, a corretora destacou que o P/E está acima das médias históricas e que o retorno sobre o patrimônio (ROE) deve ficar abaixo do custo de capital. Com isso, a expectativa de dividend yield é de 4,8%, com payout em torno de 30%.XP mantém recomendação neutra para BBAS3No documento, a XP informou que mantém a recomendação neutra para Banco do Brasil (BBAS3). A instituição financeira revisou sua projeção de lucro líquido para 2025, agora estimado em R$ 20,6 bilhões.A corretora afirmou ainda que a pressão sobre a margem financeira (NII) pode continuar em razão das novas regras contábeis de reconhecimento de juros. Além disso, a expectativa é de que medidas relevantes para otimização de despesas sejam pouco prováveis no curto prazo.Com base nesses fatores, a XP projeta um upside de pouco mais de 14% em relação à cotação atual dos papéis nesta segunda-feira (15).Banco do Brasil pode se beneficiar de MPAlém do relatório da XP, outro ponto relevante no radar dos investidores é a Medida Provisória 1.314/2025, publicada na última sexta-feira (5) no Diário Oficial da União. O texto autoriza o uso de até R$ 12 bilhões do Tesouro Nacional, via BNDES, para renegociação de dívidas de produtores e cooperativas.Segundo relatório do BTG Pactual, o Banco do Brasil (BBAS3) pode ser um dos principais beneficiados, já que concentra grande volume de operações ligadas ao crédito rural. A medida tende a aliviar pressões sobre o balanço da instituição e reduzir riscos relacionados à inadimplência.O aumento do endividamento no agronegócio tem sido apontado como um dos maiores desafios para o Banco do Brasil (BBAS3) nos próximos trimestres. Nesse contexto, a MP surge como uma alternativa de suporte, ajudando a mitigar potenciais perdas e fortalecendo a carteira de clientes estratégicos.