Um estudo feito por um grupo de pesquisadores suecos e publicado na revista Nature Aging, que cobre o desenvolvimento de áreas da ciência relacionadas ao envelhecimento, revelou que ter uma dieta baseada no consumo de grandes quantidades de carne vermelha, alimentos processados e bebidas açucaradas está ligado a uma maior propensão de desenvolver doenças e distúrbios mentais relacionados à idade como demência, Alzheimer e Parkinson.A descoberta, divulgada ainda no fim de agosto, é fruto de uma pesquisa realizada durante 15 anos com mais de 5,7 mil pessoas, a maioria mulheres na faixa dos 70 anos de idade.Leia tambémIA consegue revelar sinais do Parkinson em vídeos de toques de dedos, diz estudoTrabalho foi publicado recentemente na revista científica npj Parkinson’s DiseaseDeputado francês pede investigação do TikTok por “risco à vida” de usuáriosCriado em março, o comitê revelou suas conclusões e recomendações nesta quinta.“Nossos resultados mostram o quanto a dieta pode influenciar o desenvolvimento de fatores de risco em populações que envelhecem” disse ao jornal britânico Daily Mail o pesquisador Adrián Carballo–Casla, do Centro de Pesquisa em Envelhecimento do Instituto Karolinska, na Suécia, que conduziu a pesquisa.O estudo não colocou as pessoas em planos alimentares específicos. Em vez disso, os pesquisadores observaram as dietas normais dos participantes e as classificaram de acordo com o quanto se assemelhavam a vários padrões saudáveis desenvolvidos por centros de pesquisa e reconhecidos academicamente.Segundo os resultados, pessoas que adotam regimes baseados em vegetais, frutas, peixes e gorduras boas apresentaram melhores resultados em exames relacionados a condições mentais durante a velhice.Em contraste, aqueles que tinham o hábito de ingerir carne vermelha e ítens como refrigerantes e alimentos industrializados apresentaram não só um maior número de casos de transtornos mentais, mas também um grau elevado de “multimorbidade”, ou seja, o número total de doenças crônicas com as quais alguém convive ao envelhecer.Isso incluiu doenças cardíacas, demência, depressão, Parkinson, diabetes, câncer e problemas musculoesqueléticos como artrite ou osteoporose.Ao final do acompanhamento, pessoas com as dietas mais saudáveis tinham, em média, de duas a três doenças crônicas a menos em comparação com aquelas que tiveram as piores pontuações em qualidade alimentar, mas os pesquisadores ressaltam que o fator dieta foi fortemente associado ao acúmulo de doenças cardiovasculares e neuropsiquiátricas como demência, doença de Parkinson e depressão, mas não a condições musculoesqueléticas.The post Após 15 anos de estudo, cientistas ligam alimentos ultraprocessados à demência appeared first on InfoMoney.