StartupiApple detalha integração do Apple Intelligence em seus dispositivosA Apple consolidou sua estratégia no campo da inteligência artificial com o lançamento do Apple Intelligence, apresentado pela primeira vez durante a WWDC 2024. A tecnologia passou a integrar iPhones, iPads e Macs no segundo semestre de 2024, inserindo ferramentas de escrita, edição de imagens e novos recursos para a assistente virtual Siri.A iniciativa surge em um contexto de forte competição entre grandes empresas do setor, como Google, OpenAI e Anthropic, que buscam ampliar a presença de sistemas generativos em produtos de consumo. Diferentemente de concorrentes que apresentam serviços de forma isolada, a Apple optou por embutir as funcionalidades de IA diretamente em seus aplicativos e sistemas operacionais.O que é o Apple Intelligence?Executivos da companhia definem o Apple Intelligence como “IA para o resto de nós”. A proposta é aplicar modelos de linguagem e geração de conteúdo em tarefas diárias, oferecendo suporte em aplicativos nativos. Os recursos abrangem desde resumos automáticos em e-mails e textos longos até sugestões de mensagens personalizadas em aplicativos como Mail, Mensagens e Páginas.O sistema de geração de imagens inclui duas frentes principais. Uma delas permite a criação de emojis personalizados, conhecidos como Genmojis. A outra é o Image Playground, aplicativo independente que possibilita a elaboração de ilustrações por meio de comandos de texto, integradas posteriormente a apresentações, conversas ou redes sociais.A Siri, antes limitada em interações, recebeu maior integração com o sistema operacional. Além de responder a comandos por voz, a assistente pode editar imagens, inserir conteúdos em mensagens e utilizar o contexto da tela para oferecer respostas relacionadas à atividade do usuário. A reformulação inclui também uma nova interface visual, marcada por iluminação ao redor da tela durante o uso.Lançamento e atualizaçõesO Apple Intelligence foi apresentado oficialmente na WWDC 2024 e lançado com a atualização iOS 18.1, acompanhada do iPadOS 18.1 e do macOS Sequoia 15.1, em outubro do mesmo ano. A implementação inicial ocorreu em inglês, nos Estados Unidos. Posteriormente, os idiomas australiano, canadense, neozelandês, sul-africano e britânico foram adicionados. Em 2025, haverá suporte para chinês, francês, alemão, italiano, japonês, coreano, português, espanhol, vietnamita e variantes regionais do inglês.A segunda etapa de lançamento, com a atualização iOS 18.2, trouxe novas funcionalidades, como Genmoji, Image Playground, Image Wand e integração ao ChatGPT. A expectativa é que recursos como Visual Intelligence, voltado à pesquisa visual, e Live Translation, para tradução em tempo real em aplicativos de comunicação, sejam liberados junto ao iOS 26, previsto para o final de 2025.O acesso ao Apple Intelligence depende de processadores recentes. Entre os smartphones, apenas iPhone 15 Pro e 15 Pro Max, com chip A17 Pro, e toda a linha iPhone 16 têm suporte. Nos tablets, o requisito é possuir processadores M1 ou superiores nos modelos iPad Pro e iPad Air. O iPad mini passa a ser compatível a partir da versão equipada com A17. No segmento de computadores, o sistema funciona em MacBook Air, MacBook Pro, iMac, Mac mini e Mac Studio com chips da série M1 em diante. O Mac Pro exige o processador M2 Ultra.Processamento local e nuvem privadaUm dos diferenciais técnicos do Apple Intelligence está na capacidade de executar operações no próprio dispositivo. A companhia desenvolveu modelos reduzidos e especializados, capazes de realizar tarefas como composição de e-mails sem conexão à internet.Para solicitações mais complexas, a Apple introduziu o Private Cloud Compute, conjunto de servidores baseados em Apple Silicon. O objetivo é permitir processamento remoto preservando o mesmo padrão de privacidade oferecido em dispositivos pessoais. A escolha entre operação local ou nuvem ocorre de forma automática, sem que o usuário perceba diferença, exceto em situações de falta de conexão.Integração com ChatGPT e outros serviçosAntes do lançamento, especulava-se sobre a dependência da Apple em relação à OpenAI. A integração anunciada, no entanto, foi apresentada como complementar. Usuários podem autorizar a Siri a recorrer ao ChatGPT em determinadas perguntas, como receitas ou planejamento de viagens.Além disso, o recurso Compose amplia as ferramentas de escrita do Apple Intelligence, permitindo criar textos sob medida a partir de comandos. A integração é gratuita, mas assinantes pagos do ChatGPT têm acesso a funções adicionais, como consultas ilimitadas. A Apple informou ainda que pretende incluir parcerias com outros serviços, sendo o Google Gemini o próximo na lista.Possibilidades para desenvolvedoresNa WWDC 2025, a Apple revelou a estrutura Foundation Models, voltada a desenvolvedores interessados em criar recursos de inteligência artificial integrados a aplicativos de terceiros. A iniciativa possibilita utilizar os modelos locais do Apple Intelligence sem custos de API em nuvem, mantendo a privacidade de dados.O mecanismo permite, por exemplo, que aplicativos educacionais desenvolvam questionários a partir de anotações do usuário. Essa funcionalidade deve ampliar o alcance da plataforma para além dos serviços nativos da empresa.Futuro da SiriApesar das mudanças anunciadas, a Apple adiou para 2026 uma versão mais avançada da Siri. A expectativa é que a nova etapa inclua compreensão de “contexto pessoal”, abrangendo relacionamentos, rotinas de comunicação e histórico de interações.Segundo Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, o atraso está relacionado à necessidade de atingir padrões internos de qualidade. Reportagens indicam que versões em desenvolvimento ainda apresentam falhas. Rumores sugerem a possibilidade de parcerias externas, incluindo o Google, para acelerar a evolução do assistente.Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!O post Apple detalha integração do Apple Intelligence em seus dispositivos aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza