Policial suspeito de envolvimento com PCC é preso pela terceira vez em SP

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O policial civil Cyllas Salerno Elia Junior, suspeito de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), foi preso pela terceira vez neste domingo (14).Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), a Corregedoria da Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão temporária contra o policial investigado. Os agentes ainda realizaram buscas em cinco locais relacionados à investigação.A pasta não informou, no entanto, qual é o crime investigado desta vez. Cyllas foi preso duas vezes no último ano no âmbito de investigações que apuram crimes de lavagem de dinheiro para o PCC, maior facção do país.Cyllas se apresenta como CEO da 2GO Bank, uma das instituições financeiras delatadas por Vinicius Gritzbach, empresário morto no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.A 2GO Bank, por sua vez, é investigada pela Polícia Federal e pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) por ocultar recursos ilícitos da facção com tráfico de drogas, organização criminosa e outras atividades ilegais. Segundo a investigação, a empresa movimentou valores ilegais por meio de sofisticados mecanismos financeiros para esconder a procedência e beneficiários reais. Leia Mais DNA do crime: Tecnologia avançou para combater atividades criminosas Caso Gritzbach: Justiça Militar concede liberdade para três PMs "Bomba baixa": Entenda golpe aplicado em postos supostamente ligados ao PCC Por conta disso, o policial foi preso em fevereiro deste ano, durante a Operação Hydra, coordenada pela PF e pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do MPSP.Em sua delação, Gritzbach revelou que o policial era sócio na instituição bancária em parceria com Rafael Maeda, o Japa, e Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta — ambos integrantes do PCC já mortos.Em novembro de 2024, dias após a execução de Gritzbach, Cyllas já tinha sido preso na Operação “Dólar Tai-pan”, que investiga um grupo que constituiu uma cadeia completa para ocultar capitais, lavar, enviar ou receber dinheiro no exterior com envolvimento de grupos criminosos voltados ao tráfico de drogas, de armas, contrabando, descaminho e outros crimes.A CNN entrou em contato com a SSP para saber se o policial ainda ocupa algum cargo na Polícia Civil, mas não houve retorno. A CNN também questionou o que levou à nova prisão de Cyllas, mas a pasta também não esclareceu.A reportagem também contatou a defesa de Cyllas, mas ainda não obteve resposta.