Banco Master. Foto: UnsplashDesde que o Banco Central rejeitou a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), no início de setembro, os prêmios pagos pelos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) dispararam nas plataformas de investimento.Nos dias seguintes à rejeição, as taxas prefixadas saltaram de IPCA+19% para até IPCA+31,75%, com alguns papéis chegando perto de 35% ao ano. Todas as operações envolvem ofertas secundárias de títulos já emitidos, disponíveis em plataformas como XP e BTG.Em nota, o Master confirmou que não está realizando emissão de CDBs no mercado primário. “As operações citadas envolvem venda no mercado secundário, sobre as quais o banco não atua na formação de preços”, informou a instituição.Por que as taxas do Banco Master dispararam?Segundo Lucas Silva, consultor de investimentos da Suno Consultoria, a alta nas taxas não representa novas emissões do banco. “As taxas altas que apareceram não foram novas emissões, mas sim do mercado secundário, com investidores vendendo com deságio por medo”, explica.O movimento reflete a perda de confiança após a rejeição da compra pelo BRB. Silva destaca que o mercado levantou diversos questionamentos sobre a saúde financeira do banco e que “quando existe incerteza, vem junto a perda de confiança”.Para quem considera investir em CDBs neste cenário, o consultor faz um alerta importante: no mercado, risco e retorno sempre andam juntos. Se a taxa está fora da curva, é porque o risco também está elevado.CDBs do Banco Master são cilada?Mesmo com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), os CDBs do Banco Master apresentam riscos reais para investidores. O FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição, mas valores acima desse limite ficam descobertos.Neste cenário, o consultor da Suno aponta outros riscos práticos. “Há o risco de deságio no resgate antecipado: se quiser sair antes porque está inseguro, provavelmente resgatará um valor menor do que o aplicado”, alerta.Além disso, existe o risco de liquidez e possíveis atrasos nos pagamentos. Mesmo para quem está dentro do limite do FGC, há o tempo de espera para receber em caso de intervenção ou liquidação.O mercado se divide sobre a extensão da atuação do FGC na garantia dos depósitos. O estatuto permite que o fundo não pague integralmente caso isso ameace a estabilidade do sistema financeiro.Como escolher CDBs para investir?Para identificar os melhores CDBs, Silva recomenda uma análise criteriosa que vai além da taxa oferecida. “Não adianta olhar só a taxa como se fosse um produto de prateleira”, orienta.O primeiro passo é definir o indexador adequado ao perfil: pós-fixado, prefixado ou atrelado à inflação. Em seguida, avaliar se o prazo está alinhado com os objetivos financeiros.Quanto à rentabilidade, é essencial comparar o prêmio oferecido com a taxa livre de risco. “É importante avaliar se o prêmio oferecido faz sentido em relação à taxa livre de risco, porque com mais risco e menos liquidez consequentemente virá um melhor retorno”, explica.Para avaliar a confiabilidade da instituição, o especialista sugere verificar se o banco é regulado pelo Banco Central, suas notas de rating de crédito, índice de Basileia e histórico no mercado.Embora não exista uma regra definitiva, Silva orienta sempre comparar com a média de mercado para o mesmo prazo. “Se uma instituição está oferecendo um prêmio muito acima das demais, isso já acende um alerta”, adverte.Diante da complexidade do cenário, muitos investidores buscam orientação sobre como investir em CDBs sem se expor a riscos desnecessários. Em meio a este contexto, a consultoria financeira pode ter um papel decisivo. “O consultor consegue entender o perfil do cliente, seus objetivos e montar uma carteira em que cada CDB tem uma função clara, dentro da estratégia do investidor”, explica Silva.Conheça a Suno ConsultoriaQuer estruturar uma carteira de investimentos estratégica e alinhada com seus objetivos? A Suno Consultoria pode ajudar nesse e em outros assuntos. Clique no link e entre em contato.Vale destacar que esta matéria não representa uma indicação de compra ou venda dos CDBs do Banco Master ou de qualquer outra instituição financeira.